Os estrategistas das campanhas de Ciro e Doria imaginam que sua tática anti-PT seria válida porque supõem que um deles enfrentará Lula no segundo turno. Essa tática tende a fracassar
247 - A estratégia de Ciro Gomes (PDT) e João Doria (PSDB) de focar suas campanhas no antipetismo é contraditória com a tendência de parte do seu eleitorado de manifestar intenção de voto em Lula em um eventual segundo turno entre o ex-presidente e Jair Bolsonaro.
Os estrategistas das campanhas de Ciro e Doria imaginam que sua tática anti-PT seria válida porque supõem que um deles enfrentará Lula no segundo turno. Pensam que a terceira via tem chances de vencer o ex-presidente, enquanto Bolsonaro perdeu essa capacidade em razão dos recordes de desaprovação e rejeição.
Caso o segundo turno entre Lula e Bolsonaro se confirme, pesquisa Datafolha mostra que, hoje, o antibolsonarismo seria uma força maior do que o antipetismo na segunda etapa da eleição, o que torna a tática de atacar Lula mais arriscada, já que afugentaria uma parcela de ocasionais apoiadores, aponta reportagem da Folha de S.Paulo.
Eleitores de Ciro e dos dois tucanos, que disputam as prévias do PSDB para a escolha do candidato presidencial, tendem a preferir Lula.
Entre quem vota em Ciro no primeiro turno, 58% votam em Lula e 17% escolhem Bolsonaro em um segundo turno sem a presença do pedetista —26% não querem nenhum dos dois. A margem de erro é de cinco pontos para mais ou para menos.
O Datafolha mostra também que os eleitores de João Doria tendem a preferir Lula a Bolsonaro em um segundo turno entre os dois. No total, 42% dizem que escolheriam Lula, contra 23% que votariam em Bolsonaro.
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