O objetivo, segundo o diretor da empresa, era destacar os pacientes que não representavam mais risco de transmissão de coronavírus. Para a CPI, no entanto, a Prevent Senior queria manipular os dados da doença
247 - Em depoimento à CPI da Covid nesta quarta-feira (22), o diretor da Prevent Senior, Pedro Benedito Batista Júnior, confirmou que médicos da empresa foram orientados a modificar o CID (código de diagnóstico) de pacientes que deram entrada com Covid-19, após 14 ou 21 dias, a depender do caso de cada um.
Segundo Batista Júnior, o objetivo era diferenciar os pacientes que não representavam mais riscos de transmissão do novo coronavírus.
Para os senadores da CPI, no entanto, a Prevent Senior queria mesmo era manipular o número de casos e mortes em decorrência da Covid-19.
"O senhor realmente não tem condição de ser médico com a desonestidade que eu vi agora. Sinceramente, sinceramente, modificar o código de uma doença é um crime. Infelizmente, o Conselho Federal de Medicina não pune o senhor", afirmou Otto Alencar (PSD-BA), que é médico.
"O que está acontecendo é que eles consideram que, depois de 14 dias, esse paciente não tem mais Covid ou que, depois de 21 dias, ele não tem mais covid. Essas pessoas que morreram morreram de complicações de quê? De covid! Então, é covid!", declarou Humberto Costa (PT-PE), também médico.
O relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL), afirmou que é "óbvia a falsificação que foi levantada aqui".
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