Prefeitura de Apucarana iniciou nesta segunda-feira a distribuição de 500 toneladas de calcário a produtores cadastrados no programa municipal de diversificação rural e fertilização do solo
Produtores cadastrados no Programa Municipal Terra Forte, iniciativa de diversificação rural e de fertilização do solo da Prefeitura de Apucarana, começaram a receber repasse de calcário nesta segunda-feira. Neste ano serão distribuídas 500 toneladas do insumo a agricultores que necessitam promover a correção do solo agrícola. Os primeiros carregamentos do material, acondicionado junto ao antigo IBC da Vila Nova, foram acompanhados de perto pelo prefeito Júnior da Femac.
Esta remessa é a quarta realizada pela Secretaria Municipal da Agricultura desde o início do programa, em 2014, e também a maior. As demais aquisições foram de 400 toneladas. “A solicitação do insumo é feita pelo próprio agricultor junto à Secretaria da Agricultura. O calcário é um insumo importante, que contribui diretamente para a produtividade, por isso a prefeitura idealizou essa iniciativa que tem feito a diferença, contribuído para o ganho das nossas famílias do campo”, pontua o prefeito Júnior da Femac.
A contrapartida do auxílio municipal é sempre “paga” em produto rural. Em geral, frutas, verduras, legumes, que são destinados à alimentação escolar. “O “Terra Forte” foi idealizado pelo então prefeito Beto Preto com o desejo inicial de fomentar a fruticultura, com repasse de mudas selecionadas, visando a introdução de frutas no cardápio das escolas. O programa foi avançando, partindo também para o estímulo da cafeicultura, e agora estamos trabalhando na reativação da pecuária leiteira. Apucarana sempre teve uma bacia leiteira importante e queremos que o nosso leite, queijo e outros derivados ganhem novamente destaque”, afirmou o prefeito, frisando que além de “pagar” o município com produtos rurais, muitos dos 298 produtores cadastrados no Programa Municipal Terra Forte hoje já vendem para o CEASA, mercados e feiras diversas.
Das 500 toneladas de calcário adquiridas pela prefeitura, 350 toneladas são da qualidade calcítico e 150 toneladas da qualidade dolomítico. “A adesão ao recebimento do calcário é voluntária. O produtor pode solicitar entre uma e 10 toneladas e o pagamento, conforme explicou o prefeito, deve ser feito dentro das regras do programa, que é através de produtos rurais”, reforçou Gerson Canuto, secretário Municipal da Agricultura
Um dos insumos mais necessários para o preparo do solo, a aplicação do material depende de uma análise do solo. “O agricultor precisa usá-lo de forma técnica, sabendo de antemão o que realmente o solo de sua propriedade necessita e, para tanto, somente uma análise será capaz de definir o tipo (calcítico ou dolomítico) e a quantidade de calcário necessária”, explica André Maller, agrônomo da Secretaria Municipal da Agricultura. Segundo ele, um solo regulado contribui para a produtividade e valor da produção. “Com o “PH” desregulado a planta não consegue absorver os nutrientes, então o solo tem que estar regulado, ou seja, nem ácido, nem alcalino. Para que haja correção, o calcário é um dos insumos agrícolas mais necessários”, conclui o agrônomo municipal.
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