quarta-feira, 25 de agosto de 2021

No Dia do Soldado, comandante do Exército diz ter compromisso com estabilidade e tranquilidade

 "Exército tem compromisso com os valores mais nobres da pátria e com a sociedade brasileira". Discurso do comandante do Exército, general Paulo Sérgio Nogueira, vem em um momento de tensão entre os Poderes no qual Bolsonaro, apoiadores e auxiliares próximos falam em "poder moderador" das Forças Armadas, tese rejeitada em decisão liminar do ministro Luiz Fux

(Foto: REUTERS/Adriano Machado)

Reuters - O comandante do Exército, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, disse em discurso durante cerimônia do Dia do Soldado nesta quarta-feira (25) que a força terrestre está comprometida com os anseios da sociedade brasileira por tranquilidade e estabilidade.

"O momento desta justa homenagem aos soldados, que muito contribuíram e contribuem para a unidade e a grandeza do Brasil, nos motiva a reafirmar o compromisso com os valores mais nobres da pátria e com a sociedade brasileira em seus anseios de tranquilidade, estabilidade e desenvolvimento", disse o comandante.

O discurso do comandante do Exército vem em um momento de tensão entre os Poderes no qual o presidente Jair Bolsonaro, apoiadores e auxiliares próximos, como o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general da reserva Augusto Heleno, falam em "poder moderador" das Forças Armadas, tese rejeitada em decisão liminar do ministro Luiz Fux, atualmente presidente do Supremo Tribunal Federal (STF).

Bolsonaro esteve presente na cerimônia do Dia do Soldado, realizado no Quartel-General do Exército em Brasília, e havia a expectativa de que ele discursasse, o que acabou por não ocorrer.

Frequentemente o presidente, que foi capitão do Exército antes de entrar na política elegendo-se vereador pelo Rio de Janeiro e, posteriormente, deputado federal antes de sua vitória na eleição presidencial de 2018, menciona seu vínculo com as Forças Armadas e também afirma com frequência que são os militares que garantem a democracia e a liberdade.

Irritado com decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) desfavoráveis a ele e a apoiadores e em meio a uma campanha de ataques sem fundamento contra o sistema eletrônico de votação, Bolsonaro disse recentemente que poderia atuar fora das quatro linhas da Constituição.

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