segunda-feira, 23 de agosto de 2021

Movimento Fora Bolsonaro contesta decisão de Doria e mantém manifestação na Paulista em 7 de setembro

 De acordo com o coordenador nacional da Central de Movimentos Populares (CMP), Raimundo Bonfim, há uma representação no Ministério Público e um pedido de reunião com o governo João Doria com o objetivo de manter para o dia 7 de setembro o ato contra Jair Bolsonaro na Avenida Paulista, onde os bolsonaristas marcaram um ato golpista

Coordenador nacional da Central de Movimentos Populares (CMP), Raimundo Bonfim, e o governador João Doria (Foto: Roberto Parizotti | Reprodução/Twitter | GOVSP)


247 - Militantes dos movimentos Fora Bolsonaro e Grito dos Excluídos mantiveram o protesto para 7 de setembro na Avenida Paulista (SP), onde acontecerá no mesmo dia manifestações bolsonaristas de cunho golpista. O governo João Doria (PSDB) decidiu que o local será ocupado somente por bolsonaristas no feriado, uma maneira de evitar conflitos entre apoiadores e críticos de Jair Bolsonaro. Mas, de acordo com o coordenador nacional da Central de Movimentos Populares (CMP), Raimundo Bonfim, há uma representação no Ministério Público e um pedido de reunião com o executivo estadual para mostrar que foi ignorada decisão judicial sobre regras para a realização de atos na avenida. Questionado sobre onde ocorrerá o ato, ele foi taxativo: "Na Paulista".

Segundo informações da coluna de Chico Alves, no portal Uol, o dirigente da CMP disse que o governo Doria fez interpretação equivocada da decisão judicial sobre alternância de datas para cada grupo político. "O 11º Batalhão da Polícia Militar argumenta que no dia 24 de julho, quando realizamos nossa última grande manifestação, um sujeito que não se sabe o nome teria comunicado que faria um ato na Paulista no dia 7", disse Bonfim. "Esse cara sumiu e a PM está interpretando que houve duplicidade. Não é possível uma pessoa só causar duplicidade em relação à demanda feita por centenas de entidades", complementou.

O governo estadual anunciou que os movimentos anti-Bolsonaro poderão realizar atos no dia 12 de setembro. "A gente não tem nada a ver com o dia 12, isso não está em questão", disse Bonfim. "Nós estamos achando muito estranho o governo falar no dia 12. O governador quer reatar com MBL, com o Vem Pra Rua (organizadores do ato previsto para essa data)?", questionou.

A Central de Movimentos Populares enviou ao procurador-geral de Justiça de São Paulo representação para "garantir o direito de reunião e manifestação dos autores".

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