quarta-feira, 11 de agosto de 2021

Marcos Rogério ultrapassa limites e diz na CPI que quem ficou em casa na pandemia antecipou sua morte: “induzimento ao suicídio”

 O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) classificou a sequência de falas dos senadores governistas na CPI da Covid como "tsunami de desinformação"

Marcos Rogério (Foto: Leopoldo Silva/Agência Senado)

247 - O senador Marcos Rogério (DEM-RO) utilizou seu tempo na CPI da Covid para atacar as políticas sanitárias contra a Covid-19 e defender a ivermectina. O colegiado ouve nesta quarta-feira (11) Jailton Batista, diretor-superintendente da farmacêutica Vitamedic.

O senador governista buscou defender o uso do medicamento no “tratamento precoce” contra a Covid-19 com base na “prática de automedicação” dos brasileiros. A ivermectina não possui eficácia comprovada contra a Covid-19 e foi amplamente difundida pelo Ministério da Saúde. 

“No Brasil tem uma prática, e não estão dizendo que é correta, de automedicação de receitas das mais diversas possíveis. Tem um problema de saúde, alguém logo vai vir com a receita pronta. Toma o chá da folha do capim-santo e isso é o santo remédio”, disse Marcos Rogério. 

Em uma ofensa que ultrapassou dos limites, ele criticou a recomendação de ficar em casa como forma de conter a pandemia e exclamou: “É induzimento ao suicídio!”. 

“Do mesmo jeito que eu não posso afirmar aqui que quem seguiu o protocolo do tratamento off-label foi acertado e garantiu o salvamento dessa vida ou a redução do sofrimento, eu também não posso afirmar, e talvez possa até ousar a afirmar, que quem ficou em casa seguindo a recomendação do ‘não tome nada’ antecipou a sua morte. É induzimento ao suicídio!”, disse. 

O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) classificou falas de Marcos Rogério, além das declarações de outros senadores governistas, como Luis Carlos Heinze (PP-RS), Eduardo Girão (Podemos-CE) e Marcos do Val (Podemos-ES), que falaram anteriormente, como "tsunami de desinformação" e "teorias conspiratórias". "A gente precisa garantir que as pessoas sejam razoavelmente bem informadas".

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