O Ministério
Público do Paraná, por meio do núcleo de Londrina do Grupo de Atuação Especial
de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), ofereceu denúncia nesta segunda-feira,
30 de agosto, contra seis pessoas investigadas na Operação Arapongas, que apura
a exploração de jogos de azar e lavagem de dinheiro naquela cidade do
Norte-Central do estado. A denúncia elenca seis crimes, com diferentes
participações dos envolvidos: organização criminosa, corrupção ativa, corrupção
passiva, violação de sigilo funcional, obstrução da justiça e lavagem de
ativos.
Entre
os denunciados, estão um delegado aposentado da Polícia Civil – que seria um
dos coordenadores do esquema criminoso e teria praticado, entre outros delitos,
corrupção passiva e ocultação de elementos probatórios – e uma ex-servidora da
22ª Subdivisão Policial de Arapongas, que teria recebido propinas mensais para
dificultar o combate ao jogo do bicho na cidade.
Também
foi denunciado um ex-presidente da Câmara de Vereadores de Arapongas, acusado
de atuar como chefe do esquema de exploração da contravenção do jogo do bicho,
sendo o responsável pelo fornecimento de “máquinas para a feitura dos jogos
ilegais para os estabelecimentos comerciais, contratar os prepostos que atuam
na exploração do jogo, ordenar pagamentos e transações financeiras, bem como
por determinar o pagamento de vantagens indevidas para agentes públicos com o
objetivo de facilitar a prática da contravenção”. Ao todo, ele controlaria 257
pontos de apostas do jogo do bicho.
Costureira – A Operação
Arapongas foi deflagrada em setembro de 2020 para apurar o funcionamento de um
possível esquema de corrupção de policiais na 22ª Subdivisão Policial de
Arapongas. Em sua comunicação, o grupo denominava a propina como “costuras,
blusas ou encomendas”, e o bicheiro era chamado de “costureira”. Além disso, há
indícios de fornecimento de informações sigilosas para o grupo criminoso por
agentes da Polícia Civil.
Fonte:
MPPR
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