Jornal contribuiu para a ascensão do bolsonarismo, ao impedir que seus jornalistas o classificassem como um extremista de direita
247 – O jornal Folha de S. Paulo, que durante a campanha de 2018 proibiu que seus repórteres classificassem Jair Bolsonaro como extremista, reconheceu, neste domingo, que ele representa um custo gigantesco para a economia brasileira. "O Brasil vem sofrendo queda abrupta no ingresso de investimentos estrangeiros produtivos, e até empresas brasileiras evitam trazer ao país dólares obtidos em exportações, que cresceram muito nos últimos meses. A nova tendência engrossa o que vem sendo chamado de 'custo Bolsonaro'. Ele não se reflete apenas no dólar bem mais caro do que os fundamentos econômicos justificariam, mas em mais inflação e juros, com impactos deletérios sobre a dívida pública", aponta a reportagem de Fernando Canzian.
"Essa combinação, numa espécie de círculo vicioso, colocou em xeque a recuperação pós-pandemia em 2021 e 2022 e vem aumentando o total de miseráveis no país. O 'custo Bolsonaro' é identificado como a transmissão para a economia da instabilidade política alimentada diariamente pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), com declarações golpistas, confronto com outros Poderes e questionamentos sobre o processo eleitoral. Com menos crescimento e com dólar, inflação e miséria em alta, a expectativa é que Bolsonaro crie subterfúgios para gastar mais para tentar se reeleger. Hoje, o presidente está longe de ser o favorito no pleito de 2022", escreve ainda o jornalista.
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