quinta-feira, 12 de agosto de 2021

Farmacêutica chinesa CanSino desmente Barros e diz que segue interessada em vender vacina ao Brasil

 Vice-presidente da CanSino diz estar à procura de representantes 'confiáveis'. Em junho, a CanSino rescindiu o contrato com a empresa brasileira Belcher Farmacêutica, ligada a Barros

(Foto: Pedro França/Agência Senado | Reprodução)

247 - O vice-presidente da farmacêutica chinesa CanSino Biologics, Pierre Morgon, desmentiu o depoimento do deputado Ricardo Barros à CPI da Covid nesta quinta-feira (12) e disse que continua interessada em vender seu imunizante contra a Covid para o Ministério da Saúde.

Ao jornal Valor, Morgon afirmou que a CanSino decidiu substituir sua representante no Brasil por questões de compliance. O vice-presidente afirmou ainda que os chineses seguem em busca de um representante “confiável”.

Em depoimento à CPI da Covid, Ricardo Barros afirmou que os chineses não estavam mais interessados em negociar com o Brasil. 

Em junho, a CanSino rescindiu o contrato com a empresa brasileira Belcher Farmacêutica. A empresa, que tem sede em Maringá, foi alvo da operação "Falso Negativo" e é suspeita de fazer parte de um esquema que superfaturou testes de coronavírus adquiridos pelo Governo do Distrito Federal. Um dos sócios da Belcher é filho de Francisco Feio Ribeiro Filho, que foi presidente da empresa de urbanização de Maringá, a Urbamar, durante a gestão de Ricardo Barros como prefeito da cidade, entre 1989 e 1992.

Em depoimento à CPI, Barros admitiu que é amigo dos donos da empresa e que seu advogado pessoal representou a Belcher em reuniões com a Anvisa para tratar da vacina, mas negou que tenha atuado para favorecer a empresa.

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