"Não podemos colocar em risco as conquistas da Constituição", reforçou a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann (PR). Segundo Carlos Lupi, do PDT, "essa direita que estava no armário será um grupo de inocentes úteis se forem nessa linha (de rasgar a Constituição)"
247 - Presidentes de partidos avaliam que o campo democrático precisa responder à altura às ameaças de ruptura institucional. Eles alertam para o "risco Pazuello", ou seja, que militares da ativa em corporações de polícia e Forças Armadas passem a se manifestar partidariamente, um ato de indisciplina. A informação foi publicada pelo jornal O Estado de S.Paulo.
"O caso de Pazuello acabou repercutindo", destacou a presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR). "Não podemos colocar em risco as conquistas da Constituição", acrescentou.
Dirigentes reforçaram que Jair Bolsonaro é o motivo da "contaminação" das corporações. "É o papel a que se presta o presidente", afirmou o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi. "Essa direita que estava no armário será um grupo de inocentes úteis se forem nessa linha (de rasgar a Constituição)", disse.
Segundo Luciano Bivar (PSL), partidos devem estar vigilantes quanto à cooptação das polícias. "Executivas nacionais têm a obrigação de externar o alarmismo dessa onda. A preocupação é grande".
O presidente do PSB, Carlos Siqueira, afirmou ser "preocupante quando líderes de instituições que a rigor deveriam servir ao Estado se transformam em militantes".
Para Eduardo Ribeiro (Novo), é preciso reforçar a defesa da Constituição diante da postura de Bolsonaro e seus seguidores, em sentido oposto. "Temos que reforçar a ideia de que existe uma linha que não pode ser cruzada. No episódio do Pazuello, o Exército optou por não conferir nenhuma punição. Espero que a Corregedoria da PM/SP seja mais rigorosa", disse.
O presidente nacional do Psol, Juliano Medeiros. "Corporações não podem ter envolvimento político-partidário. É curioso, porque sempre que esses trabalhadores reivindicam melhores salários ou condições de trabalho, esse aspecto é levantado. Mas quando vemos movimentos de extrema-direita infiltrados nas forças de segurança, muitos consideram normal".
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