Apesar da negativa, Emanuel Catori teve uma reunião no Ministério da Saúde com o líder do governo em 15 de abril para tratar do fornecimento da vacina da Cansino
247 - O sócio da Belcher Farmacêutica, Emanuel Catori, durante seu depoimento à CPI da Covid nesta terça-feira (24) confirmou que mantém diálogos com o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), mas que o parlamentar não foi responsável por intermediar a Belcher com o Ministério da Saúde para a oferta de vacinas da Cansino.
“Conversas, eu converso normalmente. Mas não sobre negócios. Em nenhum momento ele me ajudou sobre a nossa vacina. O Brasil todo soube de nossa vacina, ainda mais em se tratando de uma vacina de uma dose”, disse Catori.
Catori disse que mantém conversas periódicas com o líder do governo na Câmara por serem da mesma cidade, Maringá, mas que nunca trataram de negócios. No entanto, o senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI, apontou contradição no depoimento.
Segundo Calheiros, a Belcher e o laboratório chinês CanSino assinaram termo de confidencialidade em seis de abril de 2021. Para ele, a reunião marcada por Barros com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, foi realizada quando a empresa já tinha interesses e todas as informações sobre a vacina Convidecia.
O empresário disse que o processo de negociação no Ministério da Saúde seguiu as vias formais, por e-mail. Porém, mais cedo, admitiu ter sido levado pelo deputado Ricardo Barros para reunião no Ministério da Saúde.
Ainda segundo Catori, a contratação do advogado Flávio Pansieri, que é ligado a Barros, não ocorreu em razão da relação dele com o deputado. Mais cedo, ele admitiu que o primeiro encontro no Ministério foi intermediado por Ricardo Barros, em 15 de abril, e que nessa reunião foi discutida a possibilidade de fornecimento de um antiviral para o ministério.
O senador Humberto Costa (PT-PE) destacou que a reunião não teve ata e o encontro só ter se tornado público em virtude de uma foto publicada nas redes sociais.
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