segunda-feira, 16 de agosto de 2021

Brasil deve R$ 9 bi a organismos internacionais e pode perder direito de voto na ONU em 2022

 "Seria uma situação constrangedora para um país que é membro fundador da Organização”, diz um trecho de um ofício assinado pelo secretário-geral do Ministério das Relações Exteriores, Fernando Simas Magalhães

Planalto e o símbolo da ONU (Foto: Pedro França/Agência Senado | Reuters)

247 - A inadimplência do governo Jair Bolsonaro junto a organismos internacionais, que chega a cerca de R$ 9 bilhões, poderá fazer com que o Brasil perca o direito de voto na Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas em 2022. De acordo com o jornal O Globo, a situação foi classificada como "constrangedora" pelo Itamaraty. Para contornar o problema, o governo terá que pagar ao menos US$ 114,3 milhões até o final deste ano. 

“Caso não quite, pelo menos, US$ 114.335.082 até 31 de dezembro de 2021, o Brasil perderá o direito de voto na Assembleia-Geral, em 2022. Seria uma situação constrangedora para um país que é membro fundador da Organização e, justamente em 2022, assumirá assento não permanente no Conselho de Segurança”, diz um trecho de um ofício assinado pelo secretário-geral do Ministério das Relações Exteriores, Fernando Simas Magalhães. 

Conforme a reportagem , a dívida total do Brasil com a ONU ultrapassa os US$ 350 milhões. Um despacho do Ministério da Economia, porém, aponta que a disponibilidade  orçamentária é de R$ 397,8 milhões, valor insuficiente para cobrir o rombo. “Providências estão sendo tomadas para a solicitação de recursos orçamentários suplementares e posterior pagamento até o fim do presente exercício”, disse o setor de  Compromissos Internacionais do Ministério da Economia.

Atualmente, só três países se enquadram nessa situação de dívidas acumuladas junto ao Sistema ONU: Somália, Ilhas Comores e São Tomé e Príncipe. 

O Brasil também registra dívidas de US$ 21,8 milhões junto à Organização dos Estados Americanos (OEA), e de US$ 87 mil com a Agência para Proscrição das Armas Nucleares da América Latina e Caribe. 

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