Apesar de falarem de liberdade e negarem que atacam as instituições democráticas, bolsonaristas mantêm nas redes sociais mensagens revelando o caráter autoritário dos atos do dia 7
247 - Por razões meramente táticas, as convocações bolsonaristas para os atos de 7 de Setembro substituíram palavras de ordem com mensagens anticonstitucionais e antidemocráticas por termos que buscam dar uma imagem democrática às manifestações.
Mas não conseguem esconder que os atos marcados para o dia 7 são inspirados na retórica golpista de Jair Bolsonaro. As convocações bolsonaristas para o dia 7 mantêm o caráter golpista, ao dizerem que seu objetivo é proteger a democracia do que classificam como autoritarismo das forças progressistas e do STF.
Reportagem da Folha de S.Paulo mostra que os protestos marcados para o Dia da Independência representam mais um passo na escalada da crise institucional alimentada por Bolsonaro. Essas manifestações buscam dar uma demonstração de força do chefe do Executivo, em meio a sinais que apontam para o risco de tentativa de ruptura institucional.
A tática bolsonarista na convocação dos atos do dia 7 consiste em acusar instituições como o STF e o TSE como antidemocráticas e acusá-las de moverem perseguição a Bolsonaro.
Essa tentativa de inverter o discurso é resultado das derrotas políticas e jurídicas que o ocupante do Palácio do Planalto sofreu nos últimos dias por decisões da Suprema Corte e do Senado.
Os materiais de divulgação dos atos do dia 7 pretendem passar a versão de que o país está sob ameaça de ditadura pela esquerda e o Poder Judiciário, por isso usam expressões como "redemocratização já", "respeito à Constituição" e "renovação do STF". Falam também de "nova Independência" e "lutar contra o abuso de autoridade". Fazem também apelos em língua estrangeira, para obter repercussão internacional, afirmando que a "democracia está em risco" no Brasil.
Os bolsonaristas buscam ainda difundir interpretações falsas da Constituição, sugerindo que ela dá prerrogativas ao presidente do Senado para dissolver o STF e que o artigo 142 da Carta Magna permite uma intervenção militar.
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