quinta-feira, 12 de agosto de 2021

Barros nega que emenda apresentada por ele tenha beneficiado a Covaxin

 Líder do governo de Jair Bolsonaro na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros, que presta depoimento à CPI da Covid-19 nesta quinta-feira, foi o autor da emenda que possibilitou a importação da vacina indiana Covaxin, da farmacêutica Bharat Biotech

Ricardo Barros (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)

247 - O deputado Ricardo Barros (Progressistas-PR), autor da emenda que possibilitou a importação da vacina indiana Covaxin e também acusado de ser o mandante de um esquema de superfaturamento através da aquisição dos imunizantes, negou em depoimento concedido à CPI da Covid-19 nesta quinta-feira (12) que tenha usado a emenda para benefício pessoal. 

Indagado pelo relator da CPI,  Renan Calheiros (MDB-AL), sobre o motivo da emenda, Barros, que também é líder do governo Bolsonaro, respondeu que “não sabia nessa época que a Covaxin estava oferecendo vacinas ao Ministério da Saúde”.

 “Vocês já ouviram todas as pessoas, vão quebrar os meus sigilos, não vão achar nenhuma possibilidade de ligação minha com esse assunto da Covaxin. Não é adequado este raciocínio de que eu estava interessado em favorecer especificamente a vacina da Índia. A Índia é a maior fabricante de vacinas do mundo”, disse Barros. 

Na sequência, Randolfe Rodrigues (REDE-AP), vice-presidente da CPI, fez o uso da palavra para rebater o argumento de Barros. “O senhor não fez nenhum tipo de emenda para outras vacinas, só para a Covaxin. Ontem, o senhor estava defendendo imunidade de rebanho e a gente já estava defendendo a vacina. Nossa diferença é gigantesca, é abissal”. 

Barros também negou que tenha atuado no Ministério da Saúde para que o processo de compra da Covaxin fosse consumado. "Em nenhum momento, ninguém ligado a esta empresa (Precisa), a este laboratório Covaxin me procurou neste período. Não tive nenhum contato com nenhuma das pessoas envolvidas nisso, nunca me procuraram para auxiliar na venda de vacinas para o Brasil". 

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