O líder do governo foi confrontado com seu enriquecimento durante o tempo em que foi ministro da Saúde
247 - O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) acusou nesta quinta-feira (12), durante sessão da CPI, o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR) de evolução patrimonial de R$4 milhões durante os dois anos em que foi ministro da Saúde do governo Temer.
"O senhor mostrou 55 slides mas não informou que teve evolução patrimonial de R$ 4 milhões quando foi ministro”, questionou Vieira.
Barros questionou a pergunta do senador e disse que a sua vida de ministro não estava em questão, mas que tinha “resposta para tudo”.
Na abertura da sessão, o vice-presidente da CPI da Covid, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), afirmou que Ricardo Barros tentou intimidá-lo, após mover uma ação extrajudicial contra o senador depois de apontar o deputado como suspeito de participar de um esquema de corrupção envolvendo o imunizante indiano Covaxin em uma matéria da TV Globo.
"É uma tentativa fracassada de intimidação. Reafirmo, olhando nos olhos, que tudo o que disse ao programa, aliás, o dito lá ainda está incompleto e será completado na minha inquirição a este depoente", disse Randolfe, dirigindo-se a Barros.
"Diante do que foi dito à esta comissão, quero acreditar que tanto o depoente como a douta banca de advogados que o assessora que deve ter conhecimento total do art. 53 da Constituição sobre a garantia de imunidade de opinião, palavras e votos, garantida inclusive aos membros do parlamento para que não possam sofrer em nenhum momento de nenhum dos poderosos deste país qualquer tipo de intimidação", afirmou.
A compra do imunizante indiano foi a única para a qual houve um intermediário e sem vínculo com a indústria de vacina, a empresa Precisa. O preço da compra foi 1.000% maior do que, seis meses antes, era anunciado pela fabricante.
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