quarta-feira, 25 de agosto de 2021

"A corda já arrebentou", diz Bolsonaro sobre o TSE

 Jair Bolsonaro disse que o TSE, ao determinar às empresas que administram redes sociais que suspendam os repasses de dinheiro a páginas investigadas por disseminar mentiras, “extrapolou os limites”

Fachada do TSE e Jair Bolsonaro (Foto: ABr | Reprodução)

247 - Jair Bolsonaro disse nesta terça-feira, 24, que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), cujo presidente é Luis Roberto Barroso, seu desafeto, já “arrebentou a corda” ao determinar às empresas que administram redes sociais que suspendam os repasses de dinheiro a páginas investigadas por disseminar mentiras.

Segundo Bolsonaro, se a mesma lógica do TSE para desmonetizar canais for replicada, tribunais regionais que apoiam governadores podem até derrubar páginas opositoras ao líder do governo estadual.

“Extrapolou, no meu entender, os limites. Não está arrebentando, arrebentou a corda", disse Bolsonaro em entrevista gravada ao Canal Rural e divulgada na noite desta terça. A decisão que atinge páginas bolsonaristas foi tomada pelo corregedor-geral da Justiça Eleitoral, ministro Luís Felipe Salomão.

"São pessoas que simplesmente defendem, por exemplo, o voto impresso. Ele [Salomão] acha que o voto eletrônico, como é, ele é confiável, então manda desmonetizar", disse Bolsonaro.

Ele cobrou que o Supremo Tribunal Federal (STF) julgue com imparcialidade as ações que apresentar, afirmando que a Corte dará "péssimo sinal" se não julgar as suas ações.

"Espero que o outro lado julgue essas medidas minhas com imparcialidade. Porque se for simplesmente não julgar, como já aconteceu em dois momentos ações minhas no Supremo Tribunal Federal, ou dizer apenas que não vale o que eu escrevi, tudo que nós escrevemos com a AGU está fundamentado na nossa Constituição, eles estão dando um péssimo sinal para todo o povo brasileiro em especial para mim", declarou.

Para o próximo dia 7 de setembro, Bolsonaro e seus apoiadores estão organizando manifestações para pressionar Poderes da República contra ministros do STF e a favor do voto impresso.

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