quinta-feira, 15 de julho de 2021

Quintais ociosos e pallets verticais viram hortas solidárias

 

Programa municipal é tema de reportagem televisiva ao vivo e ganha destaque regional, servindo a práticas terapêuticas, alimentação e geração de renda


A iniciativa começou numa área de quase 2.500m2 na Vila Nova e foi levada para UBSs, ONGs, equipamentos urbanos, conjuntos habitacionais: são as hortas solidárias, programa conjunto das secretarias municipais da Mulher e Assuntos de Família e Assistência Social, sob a coordenação da pedagoga Maura Fernandes. A horta-piloto, no Espaço Empreender (antigo IBC), recebeu nesta quinta-feira (15) a visita de uma equipe de Maringá, que transmitiu entrevista ao vivo com a secretária da Mulher Denise Canesin e a coordenadora Maura, mostrando o espaço, explicando os benefícios e os desdobramentos do programa.

Uma das novas etapas envolve o espaço doméstico. Quintais ociosos começam a receber insumos e assessoria técnica para ser transformados em canteiros produtivos de hortifrutis livres de pesticidas. Esse é o caso do quintal de Mário Santos, morador da Rua Dinamarca, no Jardim Feliz, cuja horta já recebeu o apoio municipal.


Apoio terapêutico

Espaços menores terão hortas verticais, utilizando garrafas pet e pallets – essa é a proposta da oficina que será ministrada aos atendidos pelo Espaço Renascer, que atua na prevenção e apoio às pessoas que convivem com o HIV. Eles vão aprender o manejo da terra e das mudas no Empreender (espaço-escola) e levar os conhecimentos para o Renascer. A Associação dos Pais e Amigos dos Autistas Apucaranenses (AMAA) fará o mesmo percurso, igualmente com finalidades terapêuticas.

O prefeito Junior da Femac afirma que as hortas solidárias são benéficas de várias maneiras. “O mesmo projeto atende a alimentação saudável, apoio aos hortifrutis e agricultura local, o que diminui nossa pegada ecológica, e a práticas terapêuticas de pacientes com as mais diversas necessidades. A Prefeitura apoia integralmente o programa”, salientou.

Uma horta também será plantada no fundo do Centro Social Urbano, que vai dividir o espaço com a Casa Lar, atendendo crianças, jovens com medidas socioeducativas e famílias. A Casa do Dodo vai envolver 15 adultos com deficiência mental na horta que começa a ser desenhada e preparada, com o objetivo de apoio terapêutico e, também, de alimentação para os pacientes.

Para a secretária Denise Canesin, a entrada da saúde mental na equação das hortas solidárias é um elemento muito bem-vindo. “Nós temos um programa, já exitoso, que se espalha por diversos espaços públicos e não-governamentais, e que se adequa perfeitamente aos requisitos de prática terapêutica, com inclusão em UBSs e entidades de apoio psicossocial. É uma convergência de propósitos.”

Comercialização

Amanhã (16), a primeira feira da Horta Acolher (UBS Maria do Café) será realizada em frente ao Ginásio de Esportes Adildo Mecenas (Cebolão, R. Paranaguá). Às quartas, a Casa do Mel (Av. Aviação, 1525) recebe hortifrutis do Espaço Empreender. Na sexta, é a Super Sexta Solidária que vende o excedente da produção no Espaço das Feiras. Além desses pontos, os hortifrutis também são comercializados diretamente no Empreender (na esquina das ruas Byngton e Péricles, na Vila Nova), de segunda-feira a sábado, das 8 às 18h.

 

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