Documentos obtidos pela CPI da Covid apontam que 59 clínicas privadas pagaram um "sinal" de 10%, mas não receberam as vacinas contratadas
247 - A Precisa Medicamentos - investigada pela CPI da Covid por suspeitas de fraudes nos contratos para a venda de 20 milhões de doses da vacina indiana Covaxin ao Ministério da Saúde - arrecadou cerca de R$ 9,5 milhões por meio da intermediação da comercialização dos imunizantes junto a 59 clínicas privadas. De acordo com o jornal O Globo, documentos obtidos pela CPI apontam que as empresas pagaram um “sinal” de 10%, mas não receberam as vacinas contratadas.
A oferta do imunizante produzido pela farmacêutica Bharat Biotech às clínicas privadas teria acontecido entre o final do ano passado e fevereiro de 2021, antes do contrato com o Ministério da Saúde. O menor preço oferecido era de US$ 32,71 para quem comprasse um volume superior a 100 mil doses, valor bem acima que os US$ 15 pagos pelo ministério. Para volumes entre 2 mil até 7,2 mil doses, o valor praticado era de US$ 40,78. Ao menos 30 empresas teriam optado por esse modelo de negócio.
Ainda conforme a reportagem, os contratos previam o pagamento antecipado de 10% e outros 20% que deveriam ser depositados em até dois dias úteis após a publicação do registro da vacina pela Anvisa. O restante deveria ser quitado no momento da importação.
Os contratos também previam a a devolução do valor pago de forma antecipada, caso as vacinas não fossem entregues até 30 de abril. A Precisa, porém, teria realizado apenas três devoluções, totalizando R$ 147 mil.
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