"Alguns medicamentos foram testados e não mostraram benefícios clínicos na população de pacientes hospitalizados, não devendo ser utilizados", diz um documento enviado à CPI da Covid sobre os remédios do chamado "kit covid", defendido por Jair Bolsonaro, mas sem eficácia científica comprovada para o tratamento de pessoas diagnosticadas com a Covid-19
247 - Em documento enviados à CPI da Covid nesta semana, o Ministério da Saúde admitiu que medicamentos do chamado "kit covid", amplamente defendidos por Jair Bolsonaro, não são eficazes contra o vírus. Duas notas técnicas foram entregues à comissão por um pedido feito pelo senador Humberto Costa (PT-PE).
"Alguns medicamentos foram testados e não mostraram benefícios clínicos na população de pacientes hospitalizados, não devendo ser utilizados, sendo eles: hidroxicloroquina ou cloroquina, azitromicina, lopinavir/ritonavir, colchicina e plasma convalescente", diz documento.
"A ivermectina e a associação de casirivimabe + imdevimabe não possuem evidência que justifiquem seu uso em pacientes hospitalizados, não devendo ser utilizados nessa população", acrescenta. O teor do documento foi publicado pelo site Congresso em Foco.
Jair Bolsonaro e aliados já defenderam várias vezes o uso dos medicamentos do kit covid para o tratamento de pessoas diagnosticadas com a Covid-19. Os remédios não têm comprovação científica para a cura da doença.
Senadores da CPI da Covid apuram se a existência de um gabinete paralelo do governo federal estimulou a compra de medicamentos do "kit covid" sem eficácia para o tratamento da doença.
A Comissão Parlamentar de Inquérito investiga algumas pessoas como o atual ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, os ex-ministros Eduardo Pazuello (Saúde) e Ernesto Araújo (Relações Exteriores), o ex-chefe da Secom Fábio Wajngarten, as médicas Nise Yamaguchi e Mayra Pinheiro. São 14 investigados ao todo.
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