quinta-feira, 8 de julho de 2021

Militares ameaçam reação "mais dura" se CPI citar corrupção nas Forças Armadas

 Em nova ameaça depois da nota da noite desta quarta-feira, militares prometem reação “mais dura” contra o Congresso se membros do Legislativo denunciarem militares envolvidos em atos de corrupção

Paulo Sergio Nogueira, Braga Netto, Jair Bolsonaro, Almir Garnier Santos e Carlos de Almeida Baptista Junior (Foto: Reprodução/Twitter)

247 - Integrantes da cúpula das Forças Armadas ameaçam o Congresso Nacional com uma reação “mais dura”, caso a CPI da Covid volte a fazer citações a suspeitas de corrupção envolvendo militares. Membros das Forças ouvidos pela jornalista Bela Megale na noite desta quarta-feira (7) afirmaram que as próximas manifestações podem ter respostas mais críticas. Eles não detalham, porém, a extensão de suas ameaças ao Poder Legislativo.


Apesar de o presidente da comissão, senador Omar Aziz (PSD-AM), ter deixado claro que suas declarações sobre militares corruptos referiam-se a alguns integrantes das Forças Armadas que atuam no governo e não à instituição, o comando militar aproveitou a oportunidade para tentar estabelecer um veto a qualquer investigação contra integrantes especialmente do Exército.

Os comandantes da Marinha, Exército e Aeronáutica não só referendaram como também participaram da elaboração da nota publicada ontem pelo Ministério da Defesa, em repúdio às declarações de Aziz sobre corrupção entre parte dos militares. O presidente Bolsonaro também passou boa parte do dia focado na articulação da resposta à comissão.

Veja a nota militar:

Aziz reagiu publicamente também na noite desta quarta e disse que o ato é uma tentativa de intimidação ao Senado. Durante o depoimento do ex-diretor do Departamento de Logística, Roberto Ferreira Dias, nesta quarta-feira, Aziz disse que “os bons das Forças Armadas devem estar envergonhados” pelo envolvimento de militares nas suspeitas de negociações de vacinas do Ministério da Saúde.

Em seu depoimento, Dias atribuiu ao ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde, coronel Élcio Franco, a responsabilidade da compra de vacinar na gestão do general Eduardo Pazuello. Hoje ambos ocupam cargos no Palácio do Planalto.

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