Fabricante afasta empresa que está no centro de um dos princiapis escândalos na CPI da Covid e afirma que apesar do fim do contrato vai continuar trabalho com a Anvisa para obter aprovação regulatória da vacina no Brasil. Decisão agrava situação do governo Bolsonaro
Reuters e 247 - O laboratório indiano Bharat Biotech, fabricante da vacina contra Covid-19 Covaxin, anunciou nesta sexta-feira a extinção imediata do memorando de entendimentos que havia assinado com a farmacêutica brasileira Precisa Medicamentos para comercialização no Brasil do imunizante.
Em comunicado, a companhia indiana afirmou que, apesar do fim do acordo, continuará a trabalhar com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para completar o processo de obtenção de aprovação regulatória da vacina no Brasil.
As negociações para compra da Covaxin pelo Ministério da Saúde tornaram-se alvo da CPI da Covid no Senado, por suspeitas de irregularidades, o que levou a pasta a suspender o contrato para compra do imunizante, após o empenho orçamentário de 1,6 bilhão de reais para pagar pelo fornecimento das doses da vacina.
Prevaricação
No fim de junho, os senadores do chamado G7 da CPI da Covid concluíram que o governo Bolsonaro prevaricou e pode ter cometido crime de uso da máquina pública em favor de entidades privadas por causa do escândalo Covaxin-Precisa. Para a cúpula da CPI da Covid as denúncias contra o governo envolvendo a compra da vacina indiana Covaxin abriram um caminho sem volta na investigação, que pode levar à responsabilização de Jair Bolsonaro.
Os senadores que constituem a maioria da CPI da Covid consideram que se forem comprovados os atos de corrupção na negociação de compra da vacina Covaxin, Bolsonaro pode responder por prevaricação e pelo crime de advocacia administrativa, que é o uso da máquina pública em favor de entidades privadas.
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