Eleito apenas porque o ex-presidente Lula foi impedido de concorrer por meio de uma perseguição judicial inédita na história do País, Jair Bolsonaro insiste na tese da fraude eleitoral
Lula e Bolsonaro (Foto: Alex Solnik)
247 – Jair Bolsonaro, que é presidente apenas porque as eleições de 2018 foram fraudadas a partir da inabilitação do ex-presidente Lula por meio de uma perseguição judicial empreendida por um ex-juiz suspeito, subiu novamente o tom nesta segunda-feira, 26, ao dizer que “está na cara que querem fraudar” as eleições de 2022.
“(A gente) não consegue entender por que os caras são contra uma maneira de você terminar as eleições e ninguém reclamar. Está na cara que querem fraudar. De novo. Geralmente, quem está no poder é que faz artimanhas. Eu estou fazendo justamente o contrário”, disse Bolsonaro, segundo relato da jornalista Vera Rosa, em reportagem do Estado de S. Paulo.
Cada dia mais isolado, acusado de simpatia ao nazismo depois de receber a vice-líder do partido AfD (Alternativa para Alemanha), a deputada neonazista Beatrix von Storch, repudiada em todos os países democráticos do mundo, Bolsonaro tenta criar uma nova narrativa no tema do voto impresso, Decidiu agora substituir o termo “voto auditável ou impresso” por “voto democrático”. “Vou falar democrático que é melhor”, afirmou ele nesta segunda-feira, em conversa com apoiadores, diante do Palácio da Alvorada. A escalada retórica de Bolsonaro ocorre no momento em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera as pesquisas de intenção de voto para a disputa de 2022.
Mas a manobras parece destinada ao fracasso. Os parlamentares bolsonaristas que defendem a adoção do voto impresso nas eleições de 2022 jogaram a toalha e já admitem a derrota da proposta.
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