Emissários do governo comunicaram ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, sobre "alto grau de insatisfação" da cúpula das Forças Armadas com a CPI
Ministro Braga Netto e as Forças Armadas (Foto: Alan Santos/PR | Marcos Corrêa/PR)
247 - Emissários do Palácio do Planalto procuraram o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, para comunicar o “alto grau de insatisfação” da cúpula militar com as declarações do presidente da CPI da Covid, senador Omar Aziz.
Além da nota agressiva com ameaças assinada pelo ministro da Defesa e os comandantes das três Armas, o senador foi avisado de que a cúpula militar poderia “dobrar a aposta” caso houvesse novas declarações alusivas a atos de corrupção praticados por membros das Forças Armadas.
Foi o que levou o presidente do Senado a tentar "baixar a fervura" e optar pela moderação, o que desagradou boa parte dos senadores, que esperavam uma defesa mais incisiva da instituição parlamentar.
A jornalista Bela Megale, colunista do Globo, informa que senadores consideram que Pacheco deveria ter se limitado a dizer que o dever das Forças Armadas é proteger a soberania nacional e não ameaçar outros poderes. O próprio Omar Aziz disse que a nota do Ministério da Defesa foi uma tentativa de intimidar o Senado.
O Congresso Nacional considerou desproporcional a reação dos militares à manifestação de Aziz.
Nenhum comentário:
Postar um comentário