quinta-feira, 15 de julho de 2021

Cristiano Carvalho, da Davati, confirma na CPI o pedido de propina em compra de vacina e associa ao grupo do coronel Blanco

 Em depoimento à CPI da Covid, Cristiano Carvalho, representante da Davati Medical Supply no Brasil, confirmou que houve pedido de propina para as negociações envolvendo doses da vacina Astrazeneca. O depoente disse ter sido informado que o pedido teria partido do grupo do coronel Marcelo Blanco, ex-integrante do Ministério da Saúde

(Foto: Leopoldo Silva/Agência Senado)

247 - Em depoimento à CPI da Covid, Cristiano Carvalho, vendedor da empresa Davati Medical Supply no Brasil, confirmou, nesta quinta-feira (15), que houve pedido de propina para as negociações envolvendo doses da vacina Astrazeneca. "Mas não se falava de propina. Falava-se de comissionamento. Quem pediu foi o grupo do Blanco", afirmou.

O depoente fez referência ao coronel Marcelo Blanco, ex-diretor substituto de Logística do Ministério da Saúde.

Na véspera de um encontro com ele e um representante da empresa Davati Medical Supply, o coronel Marcelo Blanco abriu uma empresa de representação comercial de medicamentos - a Valorem Consultoria em Gestão Empresarial, em Brasília. 

Em depoimento à CPI da Covid, no último dia 1, o cabo da Polícia Militar de Minas Gerais Luiz Paulo Dominguetti Pereira, representante da Davati Medical Supply, afirmou que US$ 3,50 era o valor de cada dose nas tratativas na primeira negociação sem propina. Dominguetti também se apresentou como vendedor da Davati, apesar da negativa da empresa.

De acordo com o militar, o pedido de propina só viria de US$ 1 dólar por dose a pedido de Roberto Dias, ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde e que era assessorado por Blanco. Nesta quinta, Cristiano Carvalho afirmou que o valor específico de 1 dólar nunca chegou a ser mencionado a ele.


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