Em depoimento à CPI da Covid, Cristiano Carvalho, representante da Davati Medical Supply no Brasil, confirmou que houve pedido de propina para as negociações envolvendo doses da vacina Astrazeneca. O depoente disse ter sido informado que o pedido teria partido do grupo do coronel Marcelo Blanco, ex-integrante do Ministério da Saúde
247 - Em depoimento à CPI da Covid, Cristiano Carvalho, vendedor da empresa Davati Medical Supply no Brasil, confirmou, nesta quinta-feira (15), que houve pedido de propina para as negociações envolvendo doses da vacina Astrazeneca. "Mas não se falava de propina. Falava-se de comissionamento. Quem pediu foi o grupo do Blanco", afirmou.
O depoente fez referência ao coronel Marcelo Blanco, ex-diretor substituto de Logística do Ministério da Saúde.
Na véspera de um encontro com ele e um representante da empresa Davati Medical Supply, o coronel Marcelo Blanco abriu uma empresa de representação comercial de medicamentos - a Valorem Consultoria em Gestão Empresarial, em Brasília.
Em depoimento à CPI da Covid, no último dia 1, o cabo da Polícia Militar de Minas Gerais Luiz Paulo Dominguetti Pereira, representante da Davati Medical Supply, afirmou que US$ 3,50 era o valor de cada dose nas tratativas na primeira negociação sem propina. Dominguetti também se apresentou como vendedor da Davati, apesar da negativa da empresa.
De acordo com o militar, o pedido de propina só viria de US$ 1 dólar por dose a pedido de Roberto Dias, ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde e que era assessorado por Blanco. Nesta quinta, Cristiano Carvalho afirmou que o valor específico de 1 dólar nunca chegou a ser mencionado a ele.
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