Jair Bolsonaro cometeu mais um crime, ao negar o estado laico, previsto na constituição brasileira, e tentou emparedar o STF com seu fundamentalismo. “Ele é extremamente evangélico, ele é pastor evangélico”, descreveu Bolsonaro sobre o atual AGU
247 - Jair Bolsonaro anunciou que o Palácio do Planalto irá indicar oficialmente na noite desta segunda-feira (12) o nome de André Mendonça, atual Advogado-Geral da União, para a vaga de Marco Aurélio Mello - que acaba de se aposentar - no Supremo Tribunal Federal.
A informação foi divulgada em conversa com jornalistas após reunião com o presidente do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux. Ele definiu Mendonça, ex-ministro da Justiça, como “extremamente evangélico” e negou que isso seja uma violação ao estado laico, como está previsto na Constituição.
O nome de André Mendonça agora precisa passar pelo crivo dos senadores. “Existe, sim uma grande possibilidade de ser aceito”, prevê Bolsonaro, que disse que o aliado está fazendo a costumeira “peregrinação” para pedir apoio aos parlamentares. “Cada dia que passa ele ganha mais adeptos”.
Bolsonaro também disse que pediu ao indicado que ao menos uma vez por semana comece a sessão “com uma oração”. “Eu tenho certeza que os demais dez ministros do Supremo, caso ele seja aprovado no Senado, não vão se opor a isso. Muito pelo contrário. Vão estar com a alma muito mais leve para começar os seus julgamentos”.
Questionado se isso não seria uma violação do estado laico, previsto na Constituição Brasileira, Bolsonaro reagiu: “O que é Estado laico, meu Deus? Tinha que ser ateu para ser presidente da República?”. “Estado laico é nós não impedirmos outras religiões em prol de uma só”, acrescentou.
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