O ex-governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, se tornou réu após a Justiça Federal receber denúncia contra ele, sua mulher, Helena, o pastor Everaldo, o ex-secretário de Saúde Edmar Santos e o ex-secretário de desenvolvimento econômico Lucas Tristão
247 - O ex-governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, se tornou réu após a Justiça Federal receber, nesta quarta-feira, 16, denúncia contra ele, sua mulher, Helena, o pastor Everaldo, o ex-secretário de Saúde Edmar Santos e o ex-secretário de desenvolvimento econômico Lucas Tristão.
Eles são acusados de constituir organização criminosa para praticar crimes de corrupção ativa e passiva, fraude em licitações, peculato e lavagem de dinheiro.
No mesmo processo, viraram réus Gotardo Lopes Neto, Edson da Silva Torres, Vitor Hugo Barroso, Nilo Francisco da Silva Filho, Cláudio Marcelo Santos Silva, José Carlos de Mello e Carlos Frederico Lorette da Silveira, segundo o jornal O Globo.
Em depoimento na CPI da Covid, nesta quarta, Witzel pediu para sair após alegar que "não era acusado de improbidade administrativa”. O ex-governador pediu para deixar a sessão sem concluir o depoimento aos senadores. Minutos antes de acionar o habeas corpus concedido pelo ministro Nunes Marques, o ex-governador havia batido boca com o senador governista Jorginho Mello (PL).
No depoimento, Witzel revelou que suas relações com Jair Bolsonaro, seu ex-aliado, foram rompidas após a polícia prender os responsáveis pela morte da então vereadora Marielle Franco. “No dia em que a polícia prendeu os assassinos de Marielle, o presidente parou de falar comigo”, afirmou.
Em seguida, afirmou que sofreu perseguição do bolsonarismo. "Por trás do meu impeachment estão aqueles que se aliaram a esse discurso de perseguição aos governadores", afirmou. "Tudo isso começou por que eu mandei investigar sem parcialidade o caso Marielle", acrescentou.
O depoimento foi tumultuado pelo senador Flávio Bolsonaro (Patriota), que interrompeu a fala do ex-governador.
O vice-presidente da CPI da Covid no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede), afirmou que irá produzir um requerimento para que os senadores tenham uma sessão secreta com Witzel. O ex-governador afirmou que somente responderá a questões sobre o envolvimento de Jair Bolsonaro no assassinato de Marielle Franco sob sigilo.
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