terça-feira, 22 de junho de 2021

Renan sugere focinheira para Bolsonaro depois do surto contra imprensa e ele retruca: "falta de caráter"

 "Pode não ser mesmo o caso de pedir para ele usar máscara, mas focinheira ou bridão de argola", ironizou Renan Calheiros após ataque de Jair Bolsonaro a jornalista da Globo. Bolsonaro, que pode entrar no rol de investigados da CPI da Covid, retrucou apontando "falta caráter" no senador, relator da comissão

Senador Renan Calheiros (MDB-AL) (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)

247 O relator da CPI da Covid, Renan Calheiros (MDB-AL), sugeriu no Twitter que Jair Bolsonaro use uma focinheira ou bridão de argola, equipamento usado para domar cavalos. "Talvez tenhamos errado na solicitação ao presidente da República. Pode não ser mesmo o caso de pedir para ele usar máscara, mas focinheira ou bridão de argola. não ser mesmo o caso de pedir para ele usar máscara", escreveu o parlamentar. Bolsonaro retrucou dizendo que "falta caráter" no senador.

O governo federal pretende editar um decreto para desobrigar o uso de máscara para quem tenha sido infectado ou vacinado contra o coronavírus. O equipamento é uma das principais recomendações de autoridades de saúde para diminuir a propagação da doença. 

Ao fazer a postagem na rede social, o senador compartilhou uma reportagem em que Bolsonaro mandou uma repórter da TV Vanguarda, afiliada da TV Globo, "calar a boca", ao ser questionado sobre o motivo de não ter utilizado a máscara de proteção facial durante agenda em Guaratinguetá (SP). 

Ele também atacou a CNN Brasil por ter elogiado as manifestações contra o seu governo que aconteceram no sábado (19).


Bolsonaro no rol de investigados

As críticas do relator da CPI revelam a dificuldade do governo em ter o mínimo de controle sobre o andamento das investigações da comissão. O grupo majoritário da CPI da Covid no Senado quer avançar nos próximos dias em decisões relevantes como a inclusão de Bolsonaro no rol de investigados. 

Além da possibilidade de investigação, Renan Calheiros não tem economizado críticas públicas a quem ocupa o principal cargo na política brasileira. No domingo (20), o parlamentar repudiou o silêncio de Bolsonaro após o Brasil atingir a marca das 500 mil mortes por Covid-19. "Isso diz muita coisa sobre o seu caráter", afirmou o senador nas redes sociais

Na última sexta-feira (18), o emedebista criticou a imunidade de rebanho defendida por Bolsonaro em uma live na quinta-feira (17). "Essa irresponsabilidade não pode continuar. É uma reiteração do crime", acrescentou o emedebista na sessão da CPI.

Na sexta-feira anterior, dia 11 deste mês, Calheiros comparou Bolsonaro com Jim Jones, um religioso que levou 918 fiéis de sua seita ao suicídio coletivo em 1978, na Guiana. "A diferença para o americano é que ele induziu ao suicídio e a pessoa que está na Presidência, ele induz a esse morticínio e isso não pode acontecer", afirmou. 


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