Conheça a médica infectologista que deixou o Ministério da Saúde após 10 dias de trabalho. Ela depõe nesta quarta-feira na CPI da Covid
247 - Anunciada em maio como chefe da Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19, a médica Luana Araújo não chegou nem a ser nomeada. Ela pediu para deixar o cargo 10 dias depois de ter começado. Um dos principais motivos da sua saída do ministério teria sido a discordância do uso de remédio sem eficácia comprovada para tratamento precoce da Covid- 19.
Luana Araújo já apontou diversas vezes os problemas no combate à pandemia da Covid no Brasil e que a hidroxicloroquina não funciona contra a doença. Em sua conta no Twitter, a infectologista já se referiu ao uso da substância como “neocurandeirismo” e afirmou que o “Brasil está na vanguarda da estupidez mundial“.
Em entrevista publicada em fevereiro de 2021, no site da Universidade Johns Hopkins, Luana afirmou que já chegou a ser ameaçada de morte ao alertar sobre o fato de o medicamento amplamente sugerido pelo presidente não ter eficácia científica comprovada.
Carreira
Luana Araújo se formou em Medicina pela UFRJ em 2006. No ano seguinte, iniciou sua residência médica em infectologia e tem mestrado em Saúde Pública pela Universidade Johns Hopkins (EUA), uma das mais renomadas do mundo nesta área.
Ela passou a atuar como médica infectologista no Instituto Nacional Evandro Chagas, da Fiocruz, em 2009. Em 2020 prestou consultoria em saúde para o Banco Mundial.
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou no dia 12 de maio a nomeação de Luana Araújo para a Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid.
A infectologista trabalhou na função por 10 dias, até 22 de maio.
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