Recebendo pacientes de
14 cidades do Norte do Paraná, hospital chegou ao limite de vagas para
internamento
Em comunicado
feito nesta quarta-feira (9), a diretoria do Hospital da Providência de
Apucarana, notificou a 16ª Regional de Saúde e a Prefeitura de Apucarana, por
meio da Autarquia Municipal de Saúde, sobre a necessidade de restrição
temporária de atendimentos até o dia 11 de junho, podendo o prazo ser
prorrogado. A notificação, também encaminhada à Regulação de Leitos da Macro
Norte, é assinada pela diretora geral do Providência, irmã Geovana Aparecida
Ramos; Guilherme da Silva Borges, diretor executivo; Dr. Sérgio Seidi Uchida,
diretor técnico; e Dr. Leonardo Marchi, diretor clínico.
Conforme
argumentam os diretores do Hospital da Providência, a ocupação de leitos da
Unidade de Terapia Intensiva (UTI) chegou a 130%, e a dos leitos clínicos a
127%. A instituição alega ainda que a situação ficou ainda mais complicada com
a suspensão temporária de atendimento no Pronto Socorro Geral do Honpar, de
Arapongas, que passou a encaminhar a demanda ao Providência.
O
prefeito de Apucarana, Junior da Femac, reiterou o alerta que vinha fazendo a
algumas semanas, insistindo nos cuidados preventivos que devem ser adotados
pela população, com o uso de máscara, higienização das mãos e, principalmente,
evitando aglomerações. “Alertamos reiteradas vezes sobre o risco de colapso do
sistema de saúde pública e agora com a chegada de novas variantes o quadro está
se agravando e é indispensável reforçar os cuidados preventivos”, comentou
Junior da Femac.
Ao
mesmo tempo, o prefeito enfatizou que todos os esforços estão sendo feitos, no
sentido de que não faltem leitos para Apucarana. “Estamos em contato permanente
com a direção do Hospital da Providência, com a chefia da 16ª Regional de Saúde
e com a Secretaria de Estado da Saúde, reivindicando a abertura de mais
leitos”, anunciou.
Conforme
esclarece Junior da Femac, no atual estágio da pandemia, com esgotamento de
leitos clínicos e de UTI, a consequência é a falta de mão de obra
especializada, ou seja, de médicos, enfermeiros, auxiliares de enfermagem,
fisioterapeutas e outros profissionais. “Não se trata de estrutura física e de
equipamentos, não dispomos mais de profissionais para trabalhar”, assinala o
prefeito, frisando que “a população precisa, definitivamente, compreender esse
cenário perigoso, colaborar e preservar vidas”.
A Autarquia
Municipal de Saúde lembra que nas últimas semanas, diante do aumento dos casos
de positivados para Covid-19 está sendo reforçado permanentemente o estoque de
oxigênio. Hoje a AMS mantém oxigênio para 145 pessoas em suas casas. “Temos
mais 12 leitos clínicos disponíveis na Unidade de Pronto Atendimento (UPA);
alguns leitos de observação e cadeiras de oxigenação no Pronto Atendimento do
Coronavírus; e ainda a estrutura do SAMU”, informa o secretário Roberto Kaneta.
O
secretário lembra que durante a pandemia o número de UTI´s do Hospital da
Providência para a Covid-19 saltou de 9 para 30 leitos; e que os leitos
clínicos disponíveis que eram 10, agora já são 58.
“A
população está sendo orientada constantemente e deve contribuir para evitar um
colapso total. Hoje o Hospital da Providência têm internados em seus leitos
pacientes de Apucarana, Arapongas, Cambé, Campo Mourão, Jandaia do Sul, Mauá da
Serra, Faxinal, Califórnia, Cambira, Rio Bom, Marilândia do Sul, Borrazópolis,
Bom Sucesso e Novo Itacolomi.
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