Em operação de busca e apreensão, Polícia Federal obteve indícios de que escritório de advocacia de Ricardo Salles era mera fachada. Para ex-superintendente da Polícia Federal no Amazonas é "claríssima e inédita" a atuação de Salles em favor de madeireiros.
247 - A Polícia Federal suspeita que o escritório de advocacia do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, é uma empresa de fachada para justificar o possível recebimento de pagamentos indevidos.
Os indícios foram obtidos pela PF durante operação de busca e apreensão nos dois endereços de São Paulo registrados como vinculados ao Carvalho de Aquino e Salles Advocacia, no último dia 19.
Um dos locais era a residência da mãe do ministro, Diva Carvalho de Aquino, que também é advogada e sócia do filho no negócio. Em outro local, nenhuma sala comercial vinculada ao ministro foi encontrada pelos policiais. Pessoas próximas a Salles afirmaram que o escritório vinha funcionando na residência da mãe e que apenas ela seguia atuando no negócio, informa a jornalista Bela Megale em sua coluna no Globo.
O ex-superintendente da Polícia Federal no Amazonas, delegado Alexandre Saraiva, afirmou, nesta segunda-feira, 7, no programa Roda Viva, que é "claríssima e inédita" a atuação do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, em favor de madeireiros.
O delegado foi retirado da superintendência pelo governo após enviar, em meados de abril, uma notícia-crime ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra Salles e o senador Telmário Mota (Pros).
"Eu posso dizer com tranquilidade porque foi gerado um vídeo por ele mesmo em que ele confessava o que estava fazendo. Então, a atuação dele é claríssima e inédita. Isso aí, fora de dúvida", disse o delegado.
Alvo de um inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) por atrapalhar operações de fiscalização ambiental, Ricardo Salles, comprou uma casa em uma das regiões mais arborizadas e nobres de São Paulo (SP), segundo o jornalista Lauro Jardim.
Trata-se de um imóvel de dois andares no Jardim América, Zona Oeste da capital paulista, próximo ao Club Athletico Paulistano, frequentado pela elite da cidade. Na região, uma casa como a comprada por Salles custa em torno de R$15 milhões.
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