quarta-feira, 23 de junho de 2021

Ex-diretor da PF diz não se lembrar se Bolsonaro pediu investigação sobre superfaturamento na contratação da Covaxin

 No encontro entre o deputado Luis Miranda, o servidor da Saúde Luis Ricardo Miranda e Jair Bolsonaro, o presidente havia prometido remeter o caso à PF

Rolando Alexandre de Souza (Foto: Thiago Bergamasco/Agência Phocus)

247 - O ex-diretor da Polícia Federal (PF) Rolando Alexandre de Souza alegou que não se lembra se Jair Bolsonaro lhe pediu uma investigação sobre superfaturamento nos contratos de compra da vacina indiana Covaxin. O presidente sabia das irregularidades, segundo o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF), irmão de Luis Ricardo Miranda, chefe de importação do Departamento de Logística em Saúde do Ministério da Saúde. 

"Desculpe, mas não vou parar para pensar. Tem que ver na polícia. Se me perguntar o que chegou e o que não chegou, eu não vou lembrar", disse Rolando, segundo o Globo. A PF não comentou sobre as investigações. 

Luis Ricardo e seu irmão se reuniram com Bolsonaro no dia 20 de março. No encontro, o servidor relatou o esquema ao presidente, que prometeu remeter o caso à PF. 

Na época, Rolando era o diretor-geral da PF. Ele foi substituído em abril e está em Washington, nos Estados Unidos, onde assumirá um cargo na Embaixada do Brasil.

"Tem que olhar lá (na PF). Tem que pedir lá. Tem que ver com o diretor atual. Não é mais comigo", disse o delegado. 

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