"É preciso reagir antes que seja tarde" à transformação do Exército em um partido para Bolsonaro, escreve o Estadão em editorial, advertindo que existe o risco de divisão dos militares em facções incontroláveis
247 - "A lamentável decisão do Comando do Exército de não punir o general intendente Eduardo Pazuello, que desafiou a hierarquia e a disciplina ao participar de ato político do presidente Jair Bolsonaro, não tem nenhuma relação com os valores e regramentos militares. Foi exclusivamente política", escreve em editorial O Estado de S.Paulo.
"O Comando aceitou a cínica justificativa apresentada pelo intendente, obviamente combinada com Bolsonaro, de que o ato não era político-partidário". O argumento, segundo o jornal, é "uma desfaçatez" que desonra o patrono do Exército, Caxias, e "insulta a inteligência dos brasileiros".
O jornal adverte para o perigo de "florescimento da insubordinação nos quartéis" e da divisão dos militares em "facções incontroláveis".
Diagnosticando a situação como uma crise praticamente insolúvel criada por Bolsonaro, o jornal faz um apelo: "Que os bons brasileiros façam o silêncio cair sobre os anarquistas golpistas que querem destruir a Nação e instalar aqui uma ditadura baseada na desordem e estruturada na milícia".
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