Médica infectologista Luana Araújo afirmou à CPI da Covid que o Brasil está na "vanguarda da estupidez mundial" ao defender o tratamento precoce
247 - A médica infectologista Luana Araújo afirmou à CPI da Covid que a defesa do tratamento precoce coloca “o Brasil na vanguarda da estupidez mundial”. “Estamos escolhendo de que borda da terra plana vamos pular”, completou.
"Todos nós somos a favor de uma terapia precoce que exista. Mas se ela não existe, não pode ser tornada saúde pública. Essa é uma decisão delirante e contraproducente”, ressaltou.
A médica também afirmou que não discutiu a implementação do tratamento precoce contra a Covid-19 com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. “Marcelo Queiroga é um homem da ciência”, disse. "Nunca existiu esse assunto entre nós”, emendou.
Ainda segundo ela, a discussão sobre o assunto vai de encontro à posição adotada pelos principais organismos mundiais de saúde. “Estamos aqui discutindo algo que é ponto pacificado em todo o mundo”, ressaltou Luana.
Quem é Luana Araújo
Luana Araújo já apontou diversas vezes os problemas no combate à pandemia da Covid no Brasil e que a hidroxicloroquina não funciona contra a doença. Em sua conta no Twitter, a infectologista já se referiu ao uso da substância como “neocurandeirismo” e afirmou que o “Brasil está na vanguarda da estupidez mundial“.
Em entrevista publicada em fevereiro de 2021, no site da Universidade Johns Hopkins, Luana afirmou que já chegou a ser ameaçada de morte ao alertar sobre o fato de o medicamento amplamente sugerido pelo presidente não ter eficácia científica comprovada.
Luana Araújo se formou em medicina pela UFRJ, em 2006. No ano seguinte, iniciou sua residência médica em infectologia.
Ela passou a atuar como médica infectologista no Instituto Nacional Evandro Chagas, da Fiocruz, em 2009. Em 2020 prestou consultoria em saúde para o Banco Mundial.
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou no dia 12 de maio a nomeação de Luana Araújo para a Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid.
A infectologista trabalhou na função por 10 dias, até 22 de maio. Ela pediu exoneração do cargo.
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