Senador Randolfe Rodrigues anunciou que a comissão vai enviar documentos apontando indícios de que Bolsonaro cometeu crime de prevaricação, pois sabia de esquema de corrupção relacionado à vacina, envolvendo o líder de seu governo, Ricardo Barros, mas deixou acontecer
247 - O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da CPI da Covid, anunciou, neste sábado, 26, que a comissão no Senado vai acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) contra Jair Bolsonaro por crime de prevaricação, pois ele sabia que seu líder na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (PP), estava envolvido em esquema de corrupção relacionado à Covaxin, mas deixou acontecer.
Conforme comprovam mensagens divulgadas pelo ex-deputado governista Luis Miranda (DEM) e o seu irmão, servidor do Ministério da Saúde, Luis Ricardo, Bolsonaro teve conhecimento sobre as fraudes que ocorriam na Saúde para adquirir a vacina indiana. Na quinta-feira, 24, em live, Bolsonaro confirmou que seu reuniu com os irmãos Miranda em 30 de março.
Em entrevista à Globo, Randolfe anunciou também que irá apresentar uma notícia-crime à Procuradoria-Geral da República (PGR) na próxima segunda, 28, apontando indícios de que Bolsonaro cometeu crime de prevaricação. A PGR deverá avaliar se pede autorização do STF para investigar o presidente.
“Estamos diante do seguinte fato: um servidor público concursado e seu irmão deputado federal levam ao presidente da República a notícia de que há um crime de corrupção em curso. O presidente da República informa que tem conhecimento do autor, e que se trata do seu líder na Câmara dos Deputados. Mesmo comunicado, o presidente da República não toma nenhuma providência – não instaura inquérito, não pede investigação, nada”, afirmou Randolfe.
“Diante deste grave acontecimento, estarei representando na segunda-feira à Procuradoria-Geral da República para dar notícia de crime de prevaricação cometido pelo senhor presidente da República. Este crime até aqui é o mínimo a ser apurado. Eu tenho certeza que a CPI apurará muito mais além disso”, adicionou o vice-presidente da comissão.
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