O ocupante do Palácio do Planalto está com os nervos abalados porque as irregularidades denunciadas nas ações para a importação da Covaxin revelam que o epicentro do escândalo é seu gabinete
247 - "A veloz evolução dos acontecimentos na CPI da Covid abalou os nervos do contaminador-geral da República".
"Suas explosões perante repórteres são o que lhe restam diante dos questionamentos sobre o que já pode ser chamado de escândalo da Covaxin ou o 'vacinagate' de Bolsonaro", escreve a jornalista Cristina Serra.
A jornalista escreve que no enredo desse escândalo “tudo cheira mal”. E cita: “a rapidez da negociação, o preço da vacina, as condições do contrato, a triangulação de empresas e os personagens da trama".
Cristina Serra lembra que “o dono das empresas envolvidas, Francisco Maximiano, tem antecedente de negócios nebulosos com o Ministério da Saúde, na época em que o titular da pasta era Ricardo Barros, no governo Michel Temer. O mesmo Ricardo Barros (PP-PR), agora líder do governo na Câmara, foi autor de uma alteração na medida provisória que facilitou o contrato com as empresas de Maximiano”.
"Sabe-se agora também, conforme a revista Veja, que o senador e filho 01, Flávio Bolsonaro, franqueou a Maximiano o acesso ao gabinete do presidente do BNDES, Gustavo Montezano, para tratar de outros negócios".
"O 'vacinagate' está dentro do Palácio do Planalto. Bolsonaro sabe disso, daí seu descontrole.
A propósito da expressão "vacinagate", a colunista rememora: "Ficou famoso o conselho de Mark Felt, fonte dos repórteres Bob Woodward e Carl Bernstein, do jornal The Washington Post, na cobertura do caso Watergate: 'Follow the money (siga o dinheiro)'. A orientação foi certeira. Como se sabe, o escândalo levou à renúncia do presidente Richard Nixon".
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