O presidente da Câmara criticou o protesto de indígenas em Brasília, brutalmente reprimido pela PM. Segundo ele, não é "coerente" que a população atue para impedir projetos como o PL 490 de tramitar no Congresso. Ele ainda acusou indígenas de ficarem "fumando e dançando aqui"
247 - O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), criticou a manifestação de indígenas em Brasília, nesta terça-feira (22), que foi reprimida brutalmente pela PM local.
Segundo ele, não é "coerente" que a população atue para impedir projetos como o PL 490 de tramitar no Congresso. Diante das manifestações, a presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara (CCJ), Bia Kicis (PSL-DF), adiou a votação sobre a proposta que dificulta a demarcação em terras indígenas.
"Eu não acho que seja coerente por parte de qualquer parlamentar ou de qualquer cidadão impedir trabalhos e pautas legislativas dessa casa. Sejam elas nas comissões, como é o caso do PL 490 que está longe de vir a plenário ou de qualquer assunto de qualquer comissão", disse Lira.
O presidente da Câmara defendeu abertamente a regulamentação da exploração de terras indígenas. "Essa casa precisa ter coragem e debater sobre o tema de exploração da terra indígena. Não é possível que vamos ficar de olhos fechados quanto a isso", disse Lira. "Na terra da deputada Joênia, o governador me relatava que entre 100 e 200 quilos de ouro saem ilegais dos garimpos de terra indígena por dia. A gente tem que ficar de olho. Isso vai continuar acontecendo, se nós não legislarmos, se não cuidarmos."
Lira disse ainda que, na semana passada, manifestantes indígenas invadiram o Congresso e "ficaram fumando algum tipo de droga". "Fumando e dançando aqui em cima. Nós, com muita paciência, negociamos e a mesma Polícia Militar junto com a polícia legislativa veio à Casa e recompôs a ordem". (Com informações do UOL).
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