“Constitucionalmente, ele tem uma responsabilidade que deve ser cumprida. Se não for cumprida, ele poderá ser objeto de algum tipo de processo interno no MP e no STF para avaliar essa responsabilidade”, afirmou o senador
247 - O senador Humberto Costa (PT-PE), que integra a CPI da Covid, afirmou em entrevista à jornalista Rachel Sheherazade, do Metrópoles, que o procurador-geral da República, Augusto Aras, pode ser afastado do cargo pelo Senado. “A possibilidade do impeachment é real”, disse.
“Constitucionalmente, ele tem uma responsabilidade que deve ser cumprida. Se não for cumprida, ele poderá ser objeto de algum tipo de processo interno no Ministério Público e no Supremo Tribunal para avaliar essa responsabilidade”, afirmou Humberto Costa.
O senador comentou ainda o possível interesse de Aras em uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF) e lembrou que as indicações para o cargo são submetidas ao Senado.
“Se a pessoa que for indicada não atender aos pré-requisitos do seu papel como agente público, o Senado pode rejeitar a indicação.”
Nesta segunda, o procurador-geral da República decidiu não dar continuidade às investigações sobre a relação entre Jair Bolsonaro e os depósitos de Fabrício Queiroz na conta da primeira-dama Michelle Bolsonaro. Os valores chegaram a R$ 89 mil, somando os R$ 72 mil depositados por ele com os R$ 17 mil de sua esposa, Márcia Aguiar.
Carlos Bolsonaro na CPI
Humberto Costa reforçou ainda que a convocação do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) está no radar da CPI, principalmente após o depoimento do ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta que o citou por diversas vezes.
“Ele vai ter que explicar, em primeiro lugar, por que disseminou tantas informações falsas sobre a pandemia, minimizando a gravidade do problema”, frisou Costa. “Por que é que ele, que se diz tão influente na política de comunicação do governo, não implementou, não orientou nenhuma campanha que ajudasse a população brasileira a se esclarecer sobre a pandemia da Covid-19; se ele tem alguma coisa a ver com a tentativa de uma campanha, que chegou a ser veiculada durante um dia, intitulada O Brasil Não Pode Parar, onde sabotava as medidas de isolamento social tão relevantes naquele momento. São coisas assim que, se ele for chamado, nós vamos inquiri-lo e vamos perguntar”, explica o senador.
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