Ex-ministro Eduardo Pazuello blindou Jair Bolsonaro e responsabilizou o Conselho Federal de Medicina por recomendações sobre o uso da cloroquina contra a Covid-19 - o medicamento não tem comprovação científica para o tratamento da doença. "Fizemos nota informativa seguindo o Conselho Federal de Medicina", disse. "O Brasil usa a cloroquina há 50 anos", afirmou
247 - Em depoimento na CPI da Covid, nesta quarta-feira (19), o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello blindou Jair Bolsonaro sobre recomendações para o uso da cloroquina e responsabilizou o Conselho Federal de Medicina (CFM).
"Fizemos nota informativa seguindo o Conselho Federal de Medicina, que fez publicação dando autonomia médicos para utilizarem medicamentos", afirmou.
"Quando começou o MS emitiu realmente uma orientação sobre o uso na fase grave. Feita pela gestão de Mandetta, que é médico. Os médicos estavam usando off label. Isso é notório. Então nós redigimos uma nota técnica", acrescentou.
De acordo com o general, "o Brasil usa a cloroquina há 50 anos". "É um antiviral e anti-inflamatório. Foi utilizada na crise do zika vírus em 2016. Em 2017, o MS criou protocolo para crise da cloroquina na crise do chikungunya", continuou.
"Ao longo da pandemia, os médicos viram isso e, sim, começaram a ver que estava sendo usada em vários países. Estamos falando de 29 países que tem protocolo para a Covid - como Índia, Rep. Tcheca, Venezuela e Cuba", complementou.
Com o objetivo de poupar Bolsonaro, Pazuello disse que "nunca" recebeu ordens para recomendar o uso da cloroquina.
O general também repetiu a narrativa de Bolsonaro, ao afirmar que o Supremo Tribunal Federal (STF) limitou as ações do governo federal para o gerenciamento da pandemia do coronavírus.
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