Parte da verba do orçamento secreto foi parar nos cofres de empresas ligadas a políticos do chamado centrão, grupo de formação partidária heterogênea que apoia Bolsonaro no Congresso Nacional
247 - O subprocurador-geral da República junto ao Tribunal de Contas da União (TCU) Lucas Furtado formulou na última quarta-feira (19), uma representação para que sejam apuradas possíveis irregularidades envolvendo as empresas contratadas com esses recursos do orçamento secreto.
O esquema do orçamento secreto foi criado por Jair Bolsonaro e operado com verba do Ministério do Desenvolvimento Regional, uma pasta loteada pelo Centrão, informa O Estado de S.Paulo. Com o aval do Planalto, um grupo de deputados e senadores pôde impor o que seria feito com ao menos R$ 3 bilhões. Toda negociação foi sigilosa e fere a lei orçamentária, o que pode levar o presidente a responder por crime de responsabilidade.
Uma das empresas na mira do TCU é a JND Representações. Ela fechou três contratos com a Codevasf no fim de 2020 para fornecer maquinário pesado, totalizando R$ 11,04 milhões. Um feito e tanto para uma microempresa aberta em 2018, sediada em um apartamento residencial e comandada por um jovem de 29 anos. A JND tem capital social de R$ 50 mil – ou seja, este é o valor do investimento inicial.
Segundo o jornal, os contratos foram fechados em uma indicação do ex-presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).
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