terça-feira, 4 de maio de 2021

Números apontam que 5,9 milhões de pessoas desocupadas estão fora do índice oficial do desemprego

 Quase 6 milhões de pessoas não entraram nos dados oficias de desemprego no Brasil. Somando este contingente com o número de desempregados contabilizados pelo IBGE, são mais de 20 milhões de pessoas sem trabalho no País

Milhões de pessoas sem trabalho não entram nas estatísticas oficiais do desempregado (Foto: REUTERS/Amanda Perobelli)

247 - Um total de 5,9 milhões de pessoas não entrou nos dados oficias de desemprego no Brasil, porque, para fazer parte dessas estatísticas oficiais, é preciso estar ativamente buscando uma vaga, o que significa um número de pessoas sem ocupação de 20,3 milhões - somando as quase 6 milhões de desalentadas com os 14,4 milhões de pessoas desempregadas e contabilizadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

Os 14,4 milhões representaram uma taxa de desemprego de 14,4%. A estimativa do economista Bruno Ottoni, pesquisador do IDados e do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV), apontava par a um índice de 14,8%, de acordo com informação publicada em reportagem da BBC

"O dado do desalento surpreendeu. Eu esperava que mais gente tivesse voltado ao mercado de trabalho em fevereiro - a pandemia ainda não tinha piorado como em março, quando vieram as medidas mais restritivas", disse o estudioso. 


Segundo números divulgados na sexta (30), os desalentados somaram 5,9 milhões em fevereiro, recorde na série histórica da Pnad Contínua, que teve início em 2012. O levantamento é feito em trimestres móveis - o dado de fevereiro, portanto, é uma média composta com dezembro e janeiro. A quantidade foi 26,8% maior do que a registrado um ano atrás, no trimestre móvel encerrado em fevereiro de 2020, o que representou um aumento de 1,259 milhão de pessoas.

Foi o oitavo mês consecutivo em que o desalento aumentou a uma velocidade superior a 20% no país.

"Esse aumento tem um motivo bem claro, que é a questão da pandemia", disse o economista Bruno Ottoni, pesquisador do IDados e do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV). "Tem muita gente com medo [de ficar doente], muita gente que sabe que as atividades estão fechando, que por isso acaba não saindo para procurar emprego", acrescentou. 

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