terça-feira, 25 de maio de 2021

Marina Silva diz que Bolsonaro é um "risco global" e precisa ser interditado

 Ex-ministra Marina Silva afirmou que Jair Bolsonaro "é com certeza um risco global duplo". Um dos motivos, disse ela, é o que ele "está produzindo no retardamento do enfrentamento da covid-19". O outro é "destruição da Amazônia, pelo que o mundo está cobrando dele na emissão de CO2 nas queimadas", acrescentou ela, que defendeu o impeachment

Ex-ministra Marina Silva (Foto: Wenderson Araujo | Reuters)

247 - A ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva (Rede) afirmou que Jair Bolsonaro é um risco global não apenas por conta de suas ações na pandemia de covid-19, mas também por sua política ineficiente para combater as queimadas na Amazônia. De acordo com estudo do Instituto Centro de Vida (ICV), do Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora) e da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), com apoio do WWF-Brasil, 94% do desmatamento na Amazônia é ilegal.

"Ele é com certeza um risco global duplo, pelo que está produzindo no retardamento do enfrentamento da covid-19, transformando o nosso país em uma espécie de incubadora de novas cepas do vírus, e pela questão da destruição da Amazônia, pelo que o mundo está cobrando dele na emissão de CO2 nas queimadas", disse em entrevista ao Uol


A ex-titular do Meio Ambiente defendeu o impeachment de Bolsonaro e disse que não dá para esperar até a eleição de 2022 para afastá-lo. "O tempo para afastar Bolsonaro diante de todas atrocidades é agora, em qualquer tempo. Estamos perdendo tantas vidas em função de uma política genocida. (...) Estamos verificando o que está acontecendo com a destruição dos patrimônios ambientais. Estamos com 119 milhões de pessoas em situação de vulnerabilidade. (...) Já era para ele ter sido interditado".

De acordo com a ex-ministra, o comportamento de Bolsonaro, que estimula aglomerações como a do domingo passado (23), no Rio, desestimula a população a se prevenir contra a Covid-19. "Ele vai para o Equador e usa máscara para não contaminar o povo equatoriano. E aqui não usa, desincentiva para contaminar o povo brasileiro. É um ato de desrespeito com a dignidade das pessoas", disse.

Nenhum comentário:

Postar um comentário