O órgão, que reúne o conjunto dos países árabes, responsabilizou Israel diretamente pelas provocações que iniciaram a escalada da tensão
247 - A Liga Árabe instou a ONU a proteger o povo palestino e os locais sagrados cristãos e muçulmanos. O secretário-geral da Liga Árabe, Ahmed Abulgueit, durante reunião extraordinária do órgão regional em nível ministerial, condenou nesta terça-feira (11), os ataques aéreos israelenses contra a Faixa de Gaza, que causaram dezenas de mortes, incluindo crianças.
"Durante as últimas semanas, não houve um único incidente em que a violência começou no lado palestino. Nem um único incidente em que os palestinos iniciaram a provocação", disse o dirigente.
O político acrescentou ainda que houve uma provocação de Israel ao agir em pontos-chave para os muçulmanos durante o Ramadã, aludindo aos incidentes em torno da Esplanada das Mesquitas, informa a Telesul.
Nesse sentido, a Liga Árabe aprovou a Resolução 8.660, onde as agressões israelenses em solo palestino são condenadas. O documento destacou a importância do papel que, segundo o acordo de paz assinado com Israel em 1994, a Jordânia tem como guardiã dos lugares sagrados muçulmanos e cristãos de Jerusalém Oriental, ocupados por Israel em 1967.
A entidade multilateral descreveu esses ataques como "indiscriminados e irresponsáveis", enquanto conclama as Nações Unidas e seu Conselho de Segurança a proteger o povo palestino. Por sua vez, a Liga Árabe apelou ao Tribunal Penal Internacional (TPI) para abrir uma investigação sobre os crimes de guerra cometidos por Israel contra os palestinos e sobre o despejo de famílias palestinas na Jerusalém Oriental ocupada.
"Pedimos ao TPI que prossiga com a investigação criminal dos crimes de guerra e crimes contra a humanidade perpetrados por Israel contra o indefeso povo palestino", decidiu o órgão pan-árabe na sessão extraordinária de chanceleres.
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