Irmã do ex-ator Paulo Gustavo, vítima fatal da Covid-19, Ju Amaral criticou Jair Bolsonaro pela falta de vacina contra a doença no Brasil. “Nunca mais ponha na sua boca o nome do meu irmão. Essa boca que disse não à vacina e condenou tantos à morte”, disse. O ex-humorista recebeu homenagens de manifestantes durante atos contra Jair Bolsonaro
247 - Irmã do ex-ator Paulo Gustavo, falecido no dia 4 deste mês por causa da Covid-19, Ju Amaral criticou Jair Bolsonaro pela falta de vacina contra covid-19 no Brasil.
“Sr. presidente, me disseram algo sobre o senhor ter postado condolências à minha família. Só agora tive forças de vir responder como o senhor merece, e o mínimo que eu posso lhe dizer é que, por coerência, nunca mais ponha na sua boca o nome do meu irmão. Essa boca que disse não à vacina e condenou tantos à morte, essa mesma boca que debochou imitando pessoas com falta de ar, pessoas que viveram o horror que meu irmão viveu, não pode ser usada para pronunciar o nome dele nem lamentar a morte de todos os vitimados pela Covid. Também espero que o senhor não despeje sobre minha família os seus mais sinceros sentimentos pois eu não os aceito”, escreveu ela no Instagram.
“Não sei que sentimentos tem um homem que deixa um país inteiro entregue à morte. Guarde pra você seus sentimentos e não nos obrigue a lidar com eles. Seus votos de pesar também peço que deposite em sua própria consciência, pois é sobre o seu governo que pesa a pior gestão desta pandemia mundial. Espero que o senhor saiba que meu irmão e você não tinham nada em comum. Vocês trafegam em vias opostas. Enquanto ele ia na estrada da vida, do afeto, da generosidade e empatia, o senhor vem pelas trevas, trazendo escuridão e morte. O Brasil que o senhor comanda carrega nas costas quase 500 mil filhos mortos, e dentre eles o meu irmão”.
Homenagens durante manifestações
O ex-ator recebeu homenagens durante atos contra Bolsonaro. A atriz Mônica Martelli prestou solidariedade a Paulo Gustavo ao segurar um cartaz com o nome dele e lembrar que o Brasil vai se aproximando das 500 mil mortes por Covid-19.
“Eu precisava lutar e vou lutar até onde puder. É pelo Paulo Gustavo, meu irmão, que nesse momento não pode mais estar aqui, é por quase meio milhão de pessoas que não podem mais estar aqui”, disse ela.
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