Ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que a aproximação das eleições de 2022 está levando o governo a acelerar a implantação das reformas e a turbinar programas sociais. "Agora vem a eleição? Nós vamos para o ataque", afirmou
247 - O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o governo Jair Bolsonaro irá “partir para o ataque” em função da aproximação das eleições presidenciais de 2022. “Nós jogamos na defesa nos primeiros três anos, controlando despesas. Agora vem a eleição? Nós vamos para o ataque. Vai ter Bolsa Família melhorado, BIP [Bônus de Inclusão Produtiva], o BIQ [Bônus de Incentivo à Qualificação], vai ter uma porção de coisa boa para vocês baterem palma. Tudo certinho, feito com seriedade, sem furar teto, sem confusão”, disse Guedes em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo.
Segundo ele, a aproximação com o centrão deu sustentação parlamentar às reformas e o ritmo das privatizações será acelerado. “O centrão acabou vindo para cá, deu sustentação parlamentar. Foi só eleger os presidentes da Câmara e do Senado que veio a aprovação de várias medidas —o Banco Central independente, novo marco fiscal, saneamento, gás natural, Correios, Eletrobras, Lei das Startups, Lei de Falências. Tudo começou a andar, está acelerando o ritmo de reformas”, destacou.
Ainda conforme Guedes, a economia brasileira está em “recuperação”. No primeiro ano, surpreendemos com a reforma da Previdência. No segundo ano [com a pandemia], eu falei: “Nós vamos surpreender o mundo, e o Brasil vai voltar em ‘V’”. Na Inglaterra, a queda [do PIB] foi maior do que 9%, na França foi mais de 7%. O Brasil foi um dos que caíram menos. A recessão de 2015, fabricada aqui dentro, destruiu 1,5 milhão de empregos, e mais 1,4 milhão em 2016. Nós criamos 140 mil empregos formais no ano da pandemia. Aí vem o terceiro ano, e vamos surpreender de novo”, disse.
O ministro avalia, ainda, que Bolsonaro “é um animal político, tem um instinto político enorme. À medida que o tempo passa, ele vai se conscientizando dessas coisas políticas. E os liberais sempre foram politicamente inábeis —por isso nunca teve governo liberal no Brasil. O liberal é um ser abstrato”.
Para ele, paralisar o andamento das reformas é um “erro” que poderá resultar na perda de votos nas eleições do próximo ano. “A opinião pública brasileira está madura. Quer a reforma administrativa, como queria a reforma da Previdência, como quer a reforma tributária. Se você parar isso para tentar ganhar uma eleição, vai perder mais voto do que ganhar”, afirmou.
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