Ministro do meio ambiente de Jair Bolsonaro foi apontado como facilitador da venda de madeira ilegal da Amazônia
247 – Apontado por especialistas do Brasil e do mundo como um dos maiores inimigos globais do meio ambiente, e também ligado a madeireiros e grileiros, o ministro Ricardo Salles foi apontado pela Polícia Federal como facilitador de um esquema de madeira ilegal aos Estados Unidos – o que teria acarretado movimentações financeiras atípicas em seu escritório de advocacia. "No centro da operação da Polícia Federal que atingiu o ministro Ricardo Salles (Ambiente), está o despacho da presidência do Ibama de 25 de fevereiro de 2020, que elimina a exigência de autorização de exportação de madeira por parte do órgão ambiental federal, com a exceção de espécies sob risco de extinção", aponta reportagem da Folha desta quinta-feira.
"A PF descreve a apreensão de três contêineres com madeira brasileira no porto da Savannah (EUA), embarcados no Pará, em 10 de janeiro de 2020, exportados sem a autorização do Ibama. A empresa responsável é a Tradelink Madeiras", relata a reportagem, citando ainda a reação negativa de autoridades dos Estados Unidos. “À luz do exposto, o FWS [Serviço da Vida Selvagem e Pesca, órgão ambiental americano] tem preocupações com relação a possíveis ações inadequadas ou comportamento corrupto por representantes da Tradelink e/ou funcionários públicos responsáveis pelos processos legais e sustentáveis que governam a extração e exportação de produtos de madeira da região amazônica”, informou a embaixada à PF.
"A PF também detectou uma 'movimentação extremamente atípica' nas contas bancárias do escritório de advocacia no qual o ministro Salles é sócio, com 50% de participação. De janeiro de 2012 a junho de 2020, foram movimentados R$ 14,1 milhões, segundo dados do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras). Salles classificou a operação de exagerada e negou irregularidades. Os crimes investigados pela PF incluem corrupção passiva e ativa, facilitação de contrabando, prevaricação, contrabando, lavagem de dinheiro e crimes contra a administração ambiental", aponta a reportagem.
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