Governador de São Paulo, João Doria, afirmou que insumos necessários à produção de 18 milhões de doses da vacina CoronaVac estão retidos na China por "problemas diplomáticos" causados por Jair Bolsonaro e aliados
247 - O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou que 10 mil litros de insumos necessários à produção da vacina CoronaVac estão retidos na China à espera de autorização necessária para serem enviadas ao Brasil. O volume é suficiente para produzir 18 milhões de doses da vacina contra a Covid19. Ainda segundo Doria, o atraso se deve a problemas diplomáticos causados pelo governo federal, como os recentes ataques de Jair Bolsonaro ao país asiático.
"Temos o temor [de atrasar a vacinação]. Faltam insumos. Por quê? Porque o governo da China não autorizou o embarque. Temos 10 mil litros prontos e aguardando a liberação do governo da China. São 18 milhões de doses. É muito necessário para o Brasil. É um problema diplomático, um problema que se dá pelas manifestações sucessivas erráticas e desnecessárias pelo governo federal, do presidente Jair Bolsonaro, seus filhos e seus ministros", disse Doria nesta segunda-feira (10), de acordo com reportagem do UOL.
Os insumos estão guardados em refrigeradores da indústria farmacêutica Sinovac BioNTech, que desenvolve o imunizante na China. A redução da oferta da CoronaVac vem atrasando a aplicação da segunda dose em pessoas que já receberam a primeira dose no Brasil.
Na semana passada, Jair Bolsonaro insinuou que o coronavírus poderia ter sido criado em laboratório pela China como parte de uma guerra “química, biológica e radiológica”. De acordo com o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, a paralisação no fornecimento do Insumo Farmacêutico Ativo (IFA), necessário para a produção da CoronaVac, poderá atrasar o cronograma de vacinação a partir de junho.
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