sábado, 22 de maio de 2021

Dino contesta Queiroga e sua coletiva sobre cepa indiana: "não debateu com o governo do Maranhão"

 Governador maranhense criticou o ministro da Saúde por não procurar as autoridades do estado para tratar da variante indiana

(Foto: Handson Chagas/GOVMA | © Flavio Lo Scalzo/Reuters/Direitos Reservados)

247 – "Incrível essa entrevista coletiva do ministro da Saúde. Ele diz que debateu sobre o Maranhão com os secretários municipais de Saúde de São Paulo e do Rio. E com o prefeito de Guarulhos. Menos com o Governo do Maranhão. É impossível até entender o que eles farão", postou o governador do Maranhão, Flávio Dino, ao saber que o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, concedeu uma coletiva sobre a cepa indiana, sem procurar autoridades do Maranhão, onde ocorreram os primeiros casos. Saiba mais em reportagem da Sputnik:

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, convocou uma entrevista coletiva neste sábado (22) para anunciar medidas para conter o contágio com a variante indiana.

Entre as medidas anunciadas pelo ministro da Saúde, Queiroga comunicou o envio de 600 mil testes de COVID-19 ao Maranhão. O governo vai implementar barreiras sanitárias em aeroportos, rodoviárias e rodovias para conter a entrada da variante.

De acordo com o ministro da Saúde, todos os passageiros que passarem por aeroportos ou pelas fronteiras do estado precisarão fazer o teste rápido.

"Qualquer passageiro que apresentar um teste rápido positivo, fará um RT-PCR com pesquisa genômica no intuito de detectarmos a possibilidade da variante indiana. Estamos atentos também a possíveis casos que podem surgir em outros estados e a conduta será a mesma", explicou Queiroga.

Rodrigo Otávio Cruz, secretário executivo do Ministério, explicou que a pasta está seguindo uma estratégia de busca ativa dos casos.

"A ideia é que a gente faça uma busca ativa em locais de circulação e pontos de saída buscando pessoas sintomáticas e assintomáticas", afirmou, segundo informações do jornal O Globo.

Transportes com origem do Maranhão também serão monitorados no Terminal do Tietê, em São Paulo, e nas rodovias Fernão Dias e Dutra. O secretário executivo do ministério afirmou que a ideia é que essa estratégia se expanda para outros municípios.

"As equipes de saúde farão uma triagem dos passageiros, dos grandes equipamentos de movimentação de pessoas. A gente vai buscar as pessoas sintomáticas e assintomáticas para fazer o teste, em caso de resultado positivo se isola e vai investigar pra ver se o vírus corresponde a uma variante indiana", afirmou.

O Brasil chegou a suspender voos da Índia na semana passada, após recomendação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Voos de origem na Inglaterra, Irlanda do Norte e África do sul também estão suspensos porque a variante também foi identificada nesses países.

Queiroga disse que não há indícios de transmissão comunitária da variante indiana, mas que a pasta faz monitoramento. O ministro afirmou que a distribuição dos 2,4 milhões de testes que a pasta tem vai começar com prioridade no Maranhão, devido ao caso da variante indiana, e também a regiões de fronteira e aeroportos.

A cepa indiana no Brasil

O governo do Maranhão confirmou na quinta-feira (20) os primeiros casos oficiais da cepa indiana (também chamada de B.1.617.2) do coronavírus no Brasil. A variante está presente em 51 países, e o Brasil é segundo na América do Sul a ter identificado a cepa.

Ao todo, 15 pessoas que estavam a bordo do navio MV Shandong da Zhi, ancorado no litoral do Maranhão, apresentaram sintomas da COVID-19 assim que desembarcaram.

Dessas, seis testaram positivo para a cepa indiana a partir de um estudo genômico. Porém, cerca de 100 pessoas tiveram contato com os infectados, aumentando as possibilidades um surto na região.

Os estados do Maranhão e Bahia entregaram à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) os documentos pendentes para conseguir autorização para importar a vacina russa Sputnik V.

De acordo com a Anvisa, a nova documentação foi acrescentada ao processo de solicitação de importação da vacina russa, necessitando ainda de uma avaliação como parte do pedido em caráter excepcional, considerando que o imunizante já foi permitido por outras autoridades sanitárias do mundo.

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