Diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas ressaltou que serão entregues mais 1 milhão de doses da Coronavac na quarta-feira, 1,1 milhão na sexta-feira e que “a partir daí, não teremos mais vacinas”
247 - O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, afirmou que a produção da Coronavac tem insumos para concluir o contrato de 46 milhões de doses entregues ao Programa Nacional de Imunização até a sexta-feira (14). No entanto, após o período, não há mais material para realizar o envase das doses para a continuidade da vacinação.
Em coletiva de imprensa nesta segunda-feira (10), o governo de São Paulo, comandado por João Doria (PSDB), disse que o estado terá condições de concluir a vacinação de todos os grupos anunciados até agora – incluindo de portadores de Síndrome de Down maiores de 18 anos, que iniciou hoje. Dimas Covas, no entanto, ressaltou que serão entregues mais 1 milhão de doses da Coronavac na quarta-feira, 1,1 milhão na sexta-feira e que “a partir daí, não teremos mais vacinas”.
“A situação não teve nenhuma alteração. Aguardamos a autorização para embarque [de Pequim] e a chegada até o dia 18 [de maio]”, disse.
“O cronograma de vacinação a partir de junho poderá sofrer algum impacto”, acrescentou, afirmando ainda que “possuía informações” de que a situação para a produção da vacina Covishield, produzida pela Fiocruz no Brasil, enfrentava desafio similar.
Dimas Covas criticou na semana passada os ataques feito por Jair Bolsonaro contra a China e disse que as declrações foram cruciais para atrasar a liberação de embarque do Insumo Farmacêutico Ativo (IFA). Bolsonaro insinuou que o coronavírus poderia ter sido criado em laboratório.
“É muito claro que há uma limitação determinada pelo governo da China dada as circunstâncias das constantes manifestações inapropriadas, inadequadas e inoportunas do governo brasileiro”, declarou Doria.
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