A CPI da Covid tem em seu poder documentos entregues pelo próprio Palácio do Planalto que evidenciam a realização de 24 reuniões do ministério paralelo na gestão da pandemia
247 - A maioria dos integrantes da CPI da Covid está convencida de que Bolsonaro contou com a ação de um ministério paralelo, na gestão da pandemia, por fora da atuação do Ministério da Saúde.
Os indícios da existência do ministério paralelo se encontram em documentos entregues pela Casa Civil à CPI. As pessoas apontadas como integrantes desse ministério paralelo da Saúde no Planalto participaram de ao menos 24 reuniões para tratar de estratégias do governo de combate da pandemia.
O material remetido à CPI da Covid trata de informações solicitadas sobre todas as reuniões que tiveram como pauta o tema relacionado à pandemia da Covid-19 —Bolsonaro não esteve em seis delas, mas todas ocorreram no Palácio do Planalto ou no Alvorada, indica reportagem da Folha de S.Paulo publicada nesta sexta-feira (28).
Participaram de reuniões relacionadas à pandemia do novo coronavírus, o vereador Carlos Bolsonaro, filho de Jair Bolsonaro, o deputado federal Osmar Terra (MDB-RS), o assessor especial da Presidência Tercio Arnaud, o ex-secretário de Comunicação Fabio Wajngarten e a médica Nise Yamaguchi. Houve uma reunião também com a presença de outro filho do ocupante do Palácio do Planalto, o senador Flávio Bolsonaro (RJ).
Um dos membros do ministério paralelo, que será investigado pela CPI da Covid é o empresário Carlos Wizard, que atuava como conselheiro do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello na Saúde, como o próprio general admitiu em depoimento à CPI. O senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE) solicitou que Wizard seja ouvido na comissão e pediu a quebra de sigilo do empresário, de março de 2020 até agora.
O ministério paralelo pode estar ligado a atos de corrupção em torno da comercialização de medicamentos recomendados pelo governo para o chamado tratamento precoce da covid.
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