quinta-feira, 20 de maio de 2021

Cloroquina é atacada porque 'é extremamente barata' e 'prejudica os negócios da indústria farmacêutica', diz Bolsonaro

 Em live nesta quinta-feira, Bolsonaro voltou a atacar a CPI, principalmente o relator da comissão, senador Renan Calheiros. Sobre a compra de vacinas da Pfizer, o chefe do governo federal disse que ordenou que o ex-ministro Pazuello somente adquirisse doses após aprovação do imunizante pela Anvisa

Pedro Guimarães e Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução/YouTube)

247 - Em live nesta quinta-feira (20), Jair Bolsonaro voltou a se mostrar como um ferrenho defensor do suposto tratamento precoce contra Covid-19, indicando medicamentos sem eficácia cientificamente comprovada  contra a doença.

Comentando os rumos da CPI da Covid, que por diversas vezes trata da recomendação de hidroxicloroquina por parte do governo federal, Bolsonaro afirmou, sem provas, que a substância é atacada por ser "extremamente barata", o que "prejudica os grandes negócios da indústria farmacêutica do Brasil e do mundo".

Apesar das evidências, Bolsonaro não se dobra à ciência e segue enaltecendo medicamentos que não funcionam contra a Covid-19 e podem apresentar riscos à saúde da população.


CPI da Covid

A CPI da Covid, que terminou de colher depoimento do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello nesta quinta-feira, é, segundo Bolsonaro, um "vexame".

Para ele, a comissão deveria investigar os supostos desvios de recursos federais para o combate à pandemia nos estados e municípios em vez de falar de cloroquina e outros temas, como o colapso da saúde em Manaus.

"Tinha vontade de voltar a ser deputado para poder falar o que eu acho dessa CPI, em especial do presidente da CPI. Um vexame", falou. Em seguida, o chefe do governo federal foi corrigido por um assessor, que o lembrou que seu inimigo na CPI é o relator, senador Renan Calheiros (MDB-AL), e não o presidente, senador Omar Aziz (PSD-AM).

"Ele foi bem intitulado pelo senador Flávio Bolsonaro", disse Bolsonaro sobre Renan Calheiros, chamado de "vagabundo" por Flávio.

Sobre o processo de compra da vacina da Pfizer, Bolsonaro afirmou ter dito a Pazuello para que somente adquirisse vacinas após aprovação de uso pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa): "eu falei para ele: 'compra, desde que aprovada pela Anvisa'".

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